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CCBB Rio: mostra de Heitor dos Prazeres tem acesso por audiodescrição
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Já está disponível na internet a audiodescrição do Caderno do Centro Cultural Banco do Brasil Educativo (CCBB Educativo) Heitor dos Prazeres é meu nome. Com acessibilidade gratuita, a ferramenta é distribuída na exposição em cartaz no CCBB do Rio de Janeiro sobre o compositor, cantor e pintor brasileiro Heitor dos Prazeres.
A iniciativa é um recurso desenvolvido pela Sapoti Projetos Culturais para pessoas com deficiência visual em que os textos são narrados e as imagens são descritas e distribuídas em 20 seções. O dispositivo pode ser acessado também pelo endereço da produtora.
De acordo com a assessoria de imprensa do CCBB Educativo, o caderno é parte das diversas atividades de arte-educação do Projeto Lugares de Culturas, que visa ampliar a percepção sobre a vida e obra de artistas, patrocinado pelo Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
A programação inclui atividades para pessoas com diferentes deficiências. Para pessoas surdas, por exemplo, há visitas mediadas às exposições na Língua Brasileira de Sinais (Libra). Para o público cego ou com baixa visão e para públicos neurodivergentes, há visitas mediadas cognitivas, uma experiência inclusiva e de acessibilidade estética, em que são explorados diversos sentidos e ritmos por meio de mediação. O objetivo do CCBB Educativo – Lugares de Culturas é oferecer um espaço de troca de experiências que possibilite o surgimento de novos olhares sobre as exposições.
A obra de Heitor dos Prazeres é reunida em um carrinho de feira, com recursos sensoriais táteis e sonoros. Ali, são utilizadas placas táteis, paisagens sonoras e maquetes, que podem ser experimentados pelos visitantes junto com um educador, que media a exposição e o uso do material. A atividade está disponível para os que necessitam de algum tipo de suporte acessível e para os demais públicos que desejam uma experiência diferente.
Perfis
A coordenadora do projeto, Daniela Chindler, explica que o que faz um programa educativo ser acessível é a vontade de ofertar ações que contemplem os diferentes perfis de grupos: “Somos diferentes e somos muitos: jovens e idosos, crianças pequenas, estrangeiros, pessoas surdas, pessoas cegas, pessoas autistas, cadeirantes”. Ela acredita que promover a acessibilidade significa ter um olhar sensível para essa pluralidade e, a partir disso, propor estratégias criativas para que muitos sejam acolhidos e incluídos no trajeto das galerias.”
Daniela informou que educadores cegos e surdos já fizeram parte da equipe, visando pensar o educativo não somente para as pessoas com deficiência e sim com elas, de modo a vivenciar suas particularidades e necessidades no dia a dia do projeto. Atualmente, Raíssa Neumann, estagiária surda, compõe a equipe.
Visitas
As visitas mediadas em Libras têm duração de uma hora e ocorrem em três horários às sextas-feiras e em dois, nos domingos. As visitas mediadas cognitivas, por outro lado, acontecem todos os domingos, às 8h, que requerem agendamento prévio por email ou pelo telefone (21) 3808-2070.
Para os demais públicos, as visitas mediadas são realizadas em dias e horários diferentes para cada exposição, com duração de uma hora. A retirada de ingresso deve ser feita no site ou na bilheteria do CCBB, uma hora antes. O CCBB RJ não funciona às terças-feiras. A programação completa pode ser acessada no site do equipamento.
Fonte: EBC GERAL


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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