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Chuva volta a causar estragos em municípios da Bahia
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Voltou a chover forte em algumas regiões da Bahia. Menos intensas do que em dezembro, quando causaram estragos em quase todo o estado, as chuvas que atingiram a Bahia de ontem (24) para hoje (25) provocaram mais transtornos e prejuízos, principalmente em áreas em que o solo já mostrava instabilidade.
Em Senhor do Bonfim, no norte da Bahia, a chuva de ontem fez transbordarem os canais de drenagem que cortam a cidade, causando alagamentos. Ao menos cinco residências desabaram e 25 pessoas ficaram desalojadas e tiveram que se abrigar em casas de parentes ou amigos.
Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, Pablo Vinicius Araújo de Oliveira, em alguns pontos da cidade, choveu o equivalente a 90 milímetros em pouco mais de 20 minutos. Na região central, em cerca de uma hora de chuva, o acumulado atingiu 50 milímetros – mais que a média semanal habitual.
“Muito raramente, temos chuvas de 50 milímetros aqui na cidade”, disse Oliveira à Agência Brasil. “Já tínhamos sido atingidos pelas chuvas de dezembro, mas sem registro de graves transtornos. Agora, tivemos alguns prejuízos grandes, principalmente em estradas e no calçamento”, acrescentou o coordenador da Defesa Civil. De acordo com Oliveira, embora algumas vias tenham sido temporariamente interditadas, nenhuma área foi isolada.
A quase 700 quilômetros de Senhor do Bonfim, o município de Itororó, no sul da Bahia, também enfrentou chuva forte. Imagens gravadas por moradores e compartilhadas nas redes sociais mostram casas invadidas pela água que tomou algumas ruas da cidade, uma das 175 que decretaram situação de emergência em dezembro, por causa dos temporais. Em consequência daquelas chuvas, pelo menos 27 pessoas morreram.
Segundo a meteorologista Maryfrance Diniz, do Inmet prevê mais chuva no extremo sul da Bahia. E o Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos emitirá alerta laranja (atenção) para todo o litoral sul baiano. (Inema), um vórtice ciclônico de altos níveis está favorecendo o aumento da nebulosidade sobre o litoral sul e a região leste da Bahia. Soma-se a isso a ação dos ventos úmidos que sopram do Oceano Atlântico, potencializando a formação de nuvens e, consequentemente, as chuvas.
“As chuvas realmente estão voltando [ao estado] nesta semana. Não com intensidade e volume tão expressivos quanto os de dezembro, mas há riscos. O solo ainda está muito instável e há rios muito cheios, que podem transbordar com qualquer nova chuvinha. A população deve estar atenta”, disse Maryfrance, que avisa sobre a possibilidade de volume considerável de chuva no sul do estado nos próximos dias.
“A previsão é de que, entre hoje e amanhã [26], a precipitação supere 30 milímetros no extremo sul, atingindo parte de Caravelas, Teixeira de Freitas, Porto Seguro e proximidades. Por isso, a população e as autoridades precisam ficar atentas a qualquer mudança no solo e tomar todos os cuidados necessários”, acrescentou Maryfrance. A meteorologista adiantou que o Inema emitirá alerta laranja, de atenção, para todo o litoral sul do estado.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou hoje aviso alertando sobre o perigo de chuvas intensas em extensa área que vai do noroeste do Espírito Santo ao nordeste da Bahia, de hoje para amanhã, com potencial de afetar também algumas regiões de Minas Gerais, como o Vale do Jequitinhonha e o norte mineiro.
Edição: Nádia Franco


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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