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Chuvas no estado de São Paulo causam 26 mortes
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São Paulo soma 26 mortes e cinco pessoas desaparecidas em decorrência das chuvas no estado, indica balanço da Defesa Civil, que considera o período a partir de 1º de dezembro, quando teve início a Operação Chuvas de Verão. A maioria dos óbitos ocorreu em Araraquara, com sete registros. Foram contabilizadas 255 ocorrências, com 20 feridos, 1.183 desabrigados e 7.202 desalojados.
Na manhã de hoje (14), o Corpo de Bombeiros faz operação em Mauá na busca de uma pessoa que desapareceu nas águas das chuvas do dia 12 de fevereiro. A equipe está concentrada no Piscinão de Capuava.
Dos municípios que operam o Plano Preventivo de Defesa Civil, 132 permanecem em observação e 42 em atenção. As cidades de Aparecida, Socorro e Ferraz de Vasconcelos continuam em alerta. Segundo a Defesa Civil, no último fim de semana fortes chuvas causaram danos às regiões metropolitanas de São Paulo, Vale do Paraíba e Sorocaba.
A Defesa Civil divulgou novo alerta para fortes chuvas no estado até quinta-feira (16). A previsão é de 55 milímetros (mm) na Baixada Santista, 60 mm na Grande São Paulo e no litoral norte, 70 mm no Vale do Ribeira e em Itapeva, 75 mm em Campinas e Sorocaba e 80 mm no Vale do Paraíba. O maior volume, com 120 mm, está previsto para a região da Serra da Mantiqueira.
Mais danos
Fortes chuvas também atingiram o município de São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba. O centro histórico do município possui arquitetura em estilo colonial, preserva características da época dos barões do café e foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2012.
Não é a primeira vez que a cidade enfrenta danos causados pelas chuvas. Em 2012, uma enchente danificou grande parte do município. O dossiê de tombamento que tinha sido finalizado pelo Iphan em 2009 foi atualizado após essa ocorrência.
A cidade, conhecida pela programação carnavalesca com marchinhas, não terá festa na próxima semana de folia. A Comissão de Organização do Carnaval 2023 anunciou ontem (13) o adiamento da folia em razão das cheias do Ribeirão do Chapéu e Ribeirão do Pinga, que assolaram a Vila do Distrito de Catuçaba e deixaram mais de 700 pessoas desalojadas.
Obras e prevenção
O governo paulista informou que liberou R$ 11 milhões em recursos para obras de recuperação e que outros 14 milhões devem ser investidos. Para prevenção, o estado tem 839 instrumentos de identificação de risco, que atendem 330 municípios com maior vulnerabilidade para deslizamentos e inundações. Essas ferramentas são fornecidas aos municípios para estimar, por exemplo, a probabilidade de ocorrência de um evento adverso.
Uma inovação da operação deste ano para o período de chuvas é o uso da inteligência artificial para cruzamento de dados, como previsão meteorológica, acumulado de chuvas e histórico de ocorrências, que irão orientar a emissão de alertas de risco e probabilidade de ocorrências.
Edição: Kleber Sampaio
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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