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Ciclone extratropical mata 4 no RS; em SC, tempestade deixa 1 morto

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Um ciclone extratropical se formou no Rio Grande do Sul na noite desta segunda-feira (4).

Os estragos da virada no tempo começaram a ser vistos ainda durante o dia em mais de 50 cidades, que registram fortes rajadas de ventos, aumento do nível dos rios, pessoas desabrigadas e quatro mortes em três cidades (Mato CastelhanoPasso Fundo Ibiraiaras), entre outros transtornos.

Em Santa Catarina, um homem morreu após o carro em que ele estava ser atingido por uma árvore durante a tempestade e ventos de até 110 km/h. Outras três pessoas ficaram feridas em Balneário Camboriú e Itajaí, no Litoral Norte.

De acordo com a Defesa Civil do RS, o número de desalojados na noite de segunda-feira (4) era de 215. Os desalojados são de cinco cidades, sendo que a mais afetada é Nova Bassano, com 90 desalojados. As cidades mais atingidas estão nas regiões Norte, Serra e Vale do Taquari.

Formação do ciclone

O fenômeno teve origem em um sistema de baixa pressão, que já provocou chuvas intensas, e se deslocou em direção ao oceano, ganhando intensidade.

Ciclone extratropical: entenda fenômeno que causou mortes e alerta vermelho no RS

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Previsão para os próximos dias

Enquanto a frente fria avança em direção a São Paulo, o ciclone extratropical que se formou no Rio Grande do Sul deve se afastar do Brasil nesta terça-feira (5), como informa o Climatempo.

Mas os pontos altos das serras ainda podem ter rajadas em torno de 100 km/h, até o vento diminuir no decorrer da tarde. Veja previsão completa aqui.

Chuva forte causa estragos em cidades do RS — Foto: Reprodução/ RBS TV

Chuva forte causa estragos em cidades do RS — Foto: Reprodução/ RBS TV

Mortes

Em Mato Castelhano, um homem morreu após a caminhonete em que ele estava ser levada pela correnteza. Uma outra pessoa, que também estava no carro, conseguiu sair do veículo por conta própria e está segura, segundo os bombeiros.

Em Passo Fundo, um homem morreu após receber uma descarga elétrica durante o temporal. Ele estava em casa e foi resgatado por familiares. A vítima chegou a ser levada para o Hospital Municipal Doutor César Santos, mas não resistiu.

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Em Ibiraiaras, duas pessoas morreram ao ficarem presas dentro de um veículo. Conforme a Defesa Civil, elas tentavam atravessar um rio, e o veículo foi levado pela correnteza.

Formação de um ciclone no Rio Grande do Sul deixa 4 mortos

Formação de um ciclone no Rio Grande do Sul deixa 4 mortos

Na live semanal, feita pela manhã desta terça, o presidente Lula falou sobre as chuvas no estado. “Queria dar um comunicado ao RS. Amanhã [quarta-feira (6)], o chefe da Defesa Civil vai ao Rio Grande do Sul. E mais uma vez, dizer ao povo gaúcho que estamos prontos para ajudar naquilo que for necessário”.

Com a melhoria das condições de voo, ainda pela manhã os helicópteros da Brigada Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal serão utilizados nas ações de apoio aos municípios afetados.

A Defesa Civil estadual informou que segue apoiando os municípios, no monitoramento dos riscos hidrológicos e, nessa etapa pós eventos, nas ações de ajuda humanitária que forem necessárias.

Cidades mais atingidas

  • 📍Roca Sales

A cidade de Roca Sales sofreu com uma forte enchente, o que fez com que, durante a madrugada, a prefeitura pedisse para que os moradores subissem nos telhados das residências“Pedimos que quem consiga suba nos telhados e se agasalhe, o auxílio profissional do estado só virá nas primeiras horas da manhã”, informava um comunicado publicado em uma rede social da prefeitura.

  • 📍Muçum

Ainda na noite de segunda-feira (4), o prefeito de Muçum, Mateus Trojan, publicou um vídeo pedindo para que moradores de áreas alagadas deixassem suas residências e procurassem abrigo. Segundo a prefeitura, o nível do Rio Taquari pode chegar a 25 metros, o que seria a maior enchente da história da cidade.

De acordo com a Casa Militar do RS, o município é um dos mais afetados. Equipes do Corpo de Bombeiros Militar e da Brigada Militar aturaam no resgate às pessoas ilhadas pela água que subiu rapidamente. Foram usadas 10 embarcações no salvamento das pessoas, realizado ao longo de toda a madrugada.

A Defesa Civil estadual também articulou junto ao Exército Brasileiro o apoio de outras três embarcações, que devem chegar à cidade por volta do meio-dia.

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  • 📍Farroupilha e Nova Roma do Sul

Na Serra, uma ponte de ferro desabou com a força da correnteza no Rio das Antas, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul.

Ponte de ferro é destruída por correnteza de rio na região da Serra

Em Santo Cristo, na Região Noroeste, a tempestade danificou pelo menos cinco casas e galpões. De acordo com o Corpo de Bombeiros Voluntários da cidade, a chuva durou cerca de cinco minutos, e as pedras de granizo deixaram telhados esburacados.

Em Coqueiros do Sul, na mesma região, um galpão que funcionava como mercearia foi destelhado pelos ventos fortes e chuva. Não houve registro de feridos.

Em Cruz Alta, também no Noroeste, choveu 51 milímetros, o que causou alagamentos. Pelo menos cinco casas ficaram alagadas e outras duas foram destelhadas. Famílias da cidade receberam lonas do Corpo de Bombeiros.

Em Cachoeira do Sul, na Região Central do RS, uma casa foi atingida por um raio e ficou parcialmente danificada. A Defesa Civil prestou socorro ao morador, que não ficou ferido.

Já em São Jorge, há registro de alagamentos em toda cidade, com cerca de 90 pessoas desalojadas.

Caxias do Sul e Bento Gonçalves registraram alagamentos e queda de árvores por conta da chuva. Em Nova Bassano, na mesma região, pelo menos duas pessoas ficaram ilhadas devido ao aumento do nível do rio.

📍Nova Prata

Um morador de Nova Prata registrou o momento em que uma casa foi arrastada pela água do rio. De acordo com a Defesa Civil da cidade, a imagem retrata a comunidade de Capela São Belin, que foi tomada pela água do Rio Sabiá. A casa que é vista no vídeo estaria abandonada. O município ainda faz o levantamento dos impactos do temporal na população.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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