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Ciclone no RS: nível de rio sobe 13 metros, e prefeitura pede para que moradores se abriguem no telhado
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A formação de um ciclone no Rio Grande do Sul fez com que o nível do Rio Taquari subisse mais de 13 metros em um intervalo de menos de 12 horas, nesta segunda-feira (4). Com isso, a cidade de Roca Sales enfrentou uma forte enchente. Durante a madrugada desta terça-feira (5), a prefeitura pediu para que os moradores subam nos telhados das residências.
Imagens divulgadas em redes sociais mostram a água invadindo as ruas e alagando casas e comércios. De acordo com um boletim divulgado às 23h, o nível do rio estava em 22,37m. Veja a evolução no gráfico abaixo.
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Segundo a prefeitura de Roca Sales, os bombeiros e a Defesa Civil não estão dando conta de atender todos os moradores que necessitam de ajuda.
“Pedimos que quem consiga suba nos telhados e se agasalhe, o auxílio profissional do estado só virá nas primeiras horas da manhã”, diz um comunicado publicado em uma rede social da prefeitura.
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Imagem mostra água avançando pelas ruas de Roca Sales (RS) — Foto: Amilton Fontana
O poder público pediu ainda que donos de embarcações auxiliem na ajuda dos moradores que estão ilhados.
Ao g1, o prefeito Amilton Fontana disse que a situação do município é complicada. Já o secretário de Agricultura, Noé Schaffer, disse que a cidade estava sendo destruída.
Até a última atualização desta reportagem a prefeitura não havia divulgado informações sobre o número de desalojados ou desabrigados.
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Prefeitura de Roca Sales pediu ajuda de moradores em rede social — Foto: Reprodução/Facebook
Ciclone no RS
Um ciclone extratropical se formou no Rio Grande do Sul na noite desta segunda-feira, segundo a Climatempo Meteorologia. O fenômeno surgiu de um sistema de baixa pressão, provocando chuvas intensas.
De acordo com a Defesa Civil, mais de 50 cidades tiveram estragos devido às chuvas fortes. Quatro pessoas morreram no Norte do RS.
Em Muçum, cidade que também está na região do Rio Taquari, o prefeito Mateus Trojan pediu para que moradores de áreas alagadas deixem residências e procurem abrigo.
Segundo a prefeitura, o nível do Rio Taquari pode chegar a 25 metros, o que seria a maior enchente da história da cidade.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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