BRASIL
Diálogos Amazônicos: governo vai facilitar acompanhamento de propostas
BRASIL
O governo federal vai viabilizar formas para a sociedade civil acompanhar e colaborar para a atualização das propostas produzidas durante o evento Diálogos Amazônicos, informou hoje (7) o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.
As propostas serão apresentadas aos chefes de Estado durante a Cúpula da Amazônia, que se inicia nesta terça-feira (8) em Belém (PA). Caberá aos governos dos países que integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) avaliar o material e decidir quais sugestões serão acatadas.
Macêdo disse à Agência Brasil que há, por parte do governo brasileiro, interesse político em criar mecanismos que, com transparência, permitam o acompanhamento, por parte da sociedade civil organizada, da implementação das propostas, bem como para eventuais atualizações que se façam necessárias.
Ele lembrou que os Diálogos Amazônicos são uma prova do interesse do governo federal em dar transparência para os processos de consulta popular, e que esta será a tendência durante as fases posteriores, quando as políticas públicas começarem a ser implementadas.
“Estamos reiniciando um processo de diálogo no país, após seis anos com todos canais de participação da sociedade obstruídos. Estamos distensionando, abrindo espaços e dialogando para as pessoas poderem participar”, explicou o ministro.
Novo estágio
Segundo Macêdo, depois de apresentadas aos chefes de Estado, as propostas vão entrar em novo estágio. “Algumas podem ser transformadas em políticas públicas; outras podem ser encaminhadas ao Parlamento, visando mudanças na legislação; e outras podem ser digeridas pelos governos. Temos quatro anos para isso”, ressaltou.
Macêdo acrescentou que não há uma “fórmula” para acompanhamento e atualização de cada proposta, porque cada caso é um caso, envolvendo os mais diversos contextos.
“Nesse processo, deverá haver atualizações, mas cada passo tem de ser dado em sua hora certa. Os debates têm profundidade. Agora é hora de propor e, depois, de acompanhar o que pode ser transformado em política pública de fato, tanto no Brasil como nos outros países”, disse, em meio a participações nos Diálogos Amazônicos.
“Existe, sim, preocupação do governo no sentido de atualizar o que for necessário e o que for possível a seu tempo. O que não for possível de ser implementado tem de ser dito – se não puder ou se estiver fora do programa que saiu das urnas do Brasil. Mas sempre de forma transparente e com sinceridade.”
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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