Search
Close this search box.
CUIABÁ

BRASIL

É preciso punir grandes empresas que financiam o garimpo ilegal, diz Joenia Wapichana, primeira mulher indígena a comandar a Funai

Publicados

BRASIL

O Jornal da Globo entrevistou a deputada federal Joenia Wapichana nesta sexta-feira (27) sobre a crise humanitária que atinge o povo Yanomami. Joenia é a primeira mulher indígena a assumir a presidência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em mais de meio século.

Joenia, que também foi a primeira mulher indígena a exercer advocacia no Brasil e a primeira a ser eleita deputada federal, fala sobre o combate ao garimpo ilegal na maior terra indígena do país – um dos muitos desafios que a Funai tem pela frente.

“É preciso realmente punir e responsabilizar quem financia o garimpo, que são as grandes empresas. Empresas que transportam, que compram, que comercializam. (…) É possível, sim, fazer isso acontecer, com a boa vontade política que o governo Lula promete”, conta .

Joenia faz um alerta sobre o sucateamento da Funai no governo Bolsonaro e ressalta a importância do órgão para a proteção dos povos indígenas brasileiros.

“É necessário pensar na Funai como órgão estratégico, que faz a proteção, além dos territórios indígenas, mas da vida dos povos. A Funai é um órgão indigenista federal que, tem na sua responsabilidade, 14% do território brasileiro e lida diretamente com a vida”, explica.

Leia Também:  Portaria detalha concessão de visto e residência a ucranianos

“A prioridade é fazer uma reorganização, fazer uma proposta de plano de carreira e considerar os servidores como servidores que colocam sua vida em risco”, completa.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

BRASIL

Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

Publicados

em

A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

Leia Também:  Justiça decreta prisão preventiva de acusados da morte de galerista

“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

Leia Também:  Revista em aeroportos constrage pessoas com deficiência

Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA