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Escritora Eliane Marques aborda romance de estreia no Trilha de Letras

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A escritora gaúcha Eliana Marques é a entrevistada desta quarta-feira do programa literário Trilha de Letras, da TV Brasil.  Ela vai conversar com a apresentadora Eliana Alves Cruz sobre seu romance Louças de Família, lançado em 2023 e aclamado pela crítica, com o qual parte para o desafio de uma narrativa longa. O bate-papo vai ao ar às 23h e tem versão na Rádio MEC no mesmo horário.

Advogada, psicanalista, tradutora, poeta e escritora, Eliana tem trajetória consolidada na poesia e na tradução. No encontro, ela lê um trecho do livro inspirado a partir de histórias de sua ancestralidade.

O Trilha de Letras também fica disponível em formato podcast nas plataformas digitais. A produção gravada na BiblioMaison está acessível ainda no app TV Brasil Play e no canal do YouTube da emissora pública.

No quadro Dando a Letra, espaço com dicas de livros, o booktuber Patrick Torres sugere o romance O Escravo, obra assinada por Carolina Maria de Jesus. A edição, lançada no ano passado, tem como uma das curadoras Conceição Evaristo e busca preservar o texto original conforme escrito pela autora brasileira.

Trama do primeiro romance e trajetória de vida

O enredo da obra Louças de Família acompanha Cuandu, uma jovem negra que vive na fronteira do Brasil com o Uruguai, terra natal da entrevistada do programa. A protagonista da história toma para si a tarefa de resolver as pendências da vida da tia Eluma, recentemente falecida.

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Natural da fronteira entre os países da América do Sul, Eliane Marques é enfática desde o início do papo com Eliana Alves Cruz. “As mulheres negras estão na vanguarda de vários movimentos. Um deles é o literário”, diz a convidada.

Durante a trama, o leitor descobre que a tia da personagem principal trabalhou como empregada doméstica a vida toda. Apesar disso, no momento da morte, não há dinheiro sequer para pagar o enterro e as flores. A situação serve de mote para uma série de reflexões sobre diversos temas que a autora aprofunda na conversa com a anfitriã.

A realidade da tia, o desaparecimento da mãe dentro de um casamento e o pai violento foram sinais para a própria Cuandu, que viu na educação uma forma de escapar da mesma sina das mulheres da família. As questões pautam debate sobre o trabalho doméstico no Brasil e o que sobra como herança quando uma mulher negra morre.

Com bagagem na advocacia e na psicanálise, Eliane Marques também abre o coração para lembrar a trajetória de vida e a carreira profissional. “Neste momento, eu gostaria de ser apenas escritora”, pondera a premiada autora de diversas publicações reconhecidas de poesia e elogiadas na tradução.

Sobre o programa 

O Trilha de Letras busca debater os temas mais atuais discutidos pela sociedade por meio da literatura. A cada edição, o programa recebe um convidado diferente. A atração foi idealizada em 2016 pela jornalista Emília Ferraz, atual diretora da produção que entrou no ar em abril de 2017. Nesta temporada, os episódios foram gravados na BiblioMaison, biblioteca do Consulado da França no Rio de Janeiro.

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TV Brasil já realizou três temporadas do programa e recebeu mais de 200 autores nacionais e estrangeiros. As duas primeiras temporadas foram apresentadas pelo escritor Raphael Montes. A terceira, por Katy Navarro, jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A jornalista, escritora e roteirista Eliana Alves Cruz assume a quarta temporada, que também ganha uma versão na Rádio MEC. 

A produção exibida pelo canal público às quartas, às 23h, tem horário alternativo na telinha durante a madrugada. Na programação da Rádio MEC, o conteúdo também é apresentado às quartas, às 23h. 

Ao vivo e on demand 

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize:
https://tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar.   

Seus programas favoritos estão na TV Brasil Play ou no aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV.   

Serviço 

Trilha de Letras – quarta, dia 19/6, às 23h, na TV Brasil 

Trilha de Letras – quarta, dia 19/6, às 23h, na Rádio MEC 

Trilha de Letras – quarta, dia 19/6 para quinta, dia 20/6, às 3h, na TV Brasil 

Trilha de Letras – domingo, dia 23/6, para segunda, dia 23/6, às 2h30, na TV Brasil 

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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