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Exposição permanente do Museu do Instituto Biológico reabre ao público
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Um jardim de insetos, formigueiros e cupinzeiros vivos e uma corrida de baratas são as principais atrações do Planeta Inseto, a exposição permanente do Museu do Instituto Biológico que reabriu ao público nesta terça-feira (19) com entrada gratuita.
A exposição apresenta também painéis interativos com a história, a evolução e a importância desses invertebrados, e ainda mantém a famosa corrida de baratas, que contou, nesta reabertura, com a torcida de 30 alunos de 4, 5 e 6 anos de idade da Escola Municipal de Educação Infantil Heitor Villa Lobos (Emei).
As crianças da Emei foram os primeiros visitantes mirins a interagir com o conteúdo, pegar os insetos na mão, torcer pela barata mais rápida e aprender mais sobre os insetos. De acordo com a professora Celise Iraola, as crianças da Emei Heitor Villa Lobos contam com um espaço de área verde na escola e já estão acostumadas com os insetos, por isso ficaram tão à vontade com os bichinhos.
“Elas adoram, estamos numa área de 6 mil metros quadrados, então elas estão convivendo diariamente com os insetos e estamos estudando as formigas. É importante ver as novidades da exposição e ter essas novas experiências”.
Na comemoração de seus 12 anos, o Museu do Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, passou por uma reformulação de toda a exposição. A partir de agora, o Planeta Inseto conta com conteúdo textual mais amplo, que contempla também os estudantes do fundamental II (de 11 a 14 anos de idade), e inclui dispositivos para atender pessoas com necessidades especiais, como áudio guia, mapa tátil, mockup (modelo em escala ou de tamanho real) gigantes de insetos, entre outros.
A reforma estrutural do prédio para torná-lo acessível a todos os visitantes abrange ainda a instalação de uma plataforma para vencer o andar intermediário, corrimãos metálicos e placas de sinalização em braille.
Atrações
Na cenografia do Jardim dos Insetos há flores gigantes, animais virtuais e a reprodução de sons de nove insetos em botoeiras que acionam também um painel luminoso com a imagem respectiva de cada um deles: bicho-da-seda, bicho-pau, besouros. Na brincadeira, o público pode tentar adivinhar qual é o som de nove espécies diferentes. Na mesma ala, um cupinzeiro e um formigueiro real mostram o modelo de comunidade desses insetos.
A corrida das baratas, que já era uma das atrações mais buscadas pelas crianças, conta agora com mais espaço para se acompanhar a corrida desses insetos, que pode atingir 1,5 m por segundo, ou seja, o equivalente a um humano correndo a 230 km por hora.
O garoto Pedro Landa, de 8 anos de idade, acompanhou uma das corridas. “Elas são rápidas, a número dois que venceu. Também gostei do bicho-pau e do Jardim dos Insetos, tem vários sons de insetos e daí a resposta fica iluminada. Eu aprendi sobre os insetos e o que eles fazem na natureza”.
Há ainda uma colmeia com câmera instalada no seu interior para que os visitantes possam ver a organização da vida das abelhas; além de cupinzeiros e formigueiros e até uma sala onde será possível acompanhar a produção dos bichos-da-seda.
A pesquisadora do Instituto Biológico e responsável pela exposição, Harumi Hojo, disse que com a atualização o conteúdo foi ampliado, e quem já conhecia o museu vai gostar da reformulação.
“A reabertura da exposição tem uma nova museografia e expografia e com a nossa nova identidade visual do planeta. O espectador poderá ver uma maior interatividade e melhor organização dos assuntos, de modo que consiga passar pela exposição vendo toda a interatividade, a parte do som dos insetos mais distribuído. Quem vier conhecer hoje, mas já conhecia, eu tenho certeza que vai ver uma exposição muito diferente, embora o assunto seja o mesmo”.
Exposição
O espaço da mostra é dividido em sete salas principais. Antes mesmo da entrada, os visitantes agora conferem quatro painéis que contam a história do Instituto Biológico e um painel instagramável com ilustrações de insetos no qual podem tirar fotos para as redes sociais.
Já na entrada da casa, os visitantes têm acesso a um gabinete de curiosidades, espaço cenográfico que apresenta o universo científico e o pesquisador entomologista Arthur Neiva, idealizador do Instituto Biológico, e cuja casa, que era a residência dos diretores do Instituto Biológico, hoje abriga toda a exposição.
Na sala seguinte, os insetos são apresentados nesse percurso através de painéis com imagens, textos e ilustrações sobre “Quem são os insetos?”. Uma das principais atrações da mostra, o Jardim dos Insetos possibilita a interação e maior contato do público com os insetos. Nesse espaço, localizado na terceira sala, ao apertar um botão, o visitante ouve o som de um inseto, e uma caixa de backlight se acende, quando é possível ouvi-lo novamente.
Em um ambiente de laboratório com bancadas, o visitante pode observar três diferentes lâminas com cortes de insetos. Lupas eletrônicas ligadas a um monitor ampliam a imagem desses insetos para a visão do público.
As demais salas contam ainda com informações em painéis e vitrines (com os insetos vivos) sobre borboletas, besouros, bicho-da-seda, bicho-pau e baratas. Como fechamento da exposição, uma imagem do planeta Terra no piso e a diversidade dos insetos é representada em um móbile suspenso.
Com aproximadamente 1 milhão de espécies conhecidas em todo o mundo, os insetos compõem a maior classe do reino animal e cumprem um papel importante para o equilíbrio dos ecossistemas.
Serviço
Exposição Planeta Inseto – Museu do Instituto Biológico
Av. Dr. Dante Pazzanese, 64, Vila Mariana, São Paulo – SP
Visitação de terça a domingo, das 9h às 16h
Entrada gratuita
Informações: (11) 2613-9500 ou planetainseto@biologico.sp.gov.br .
Edição: Fernando Fraga


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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