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Fernanda Bastos e Milena Britto são as curadoras da Flip 2023

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A jornalista gaúcha, poeta e editora de livros Fernanda Bastos e a professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Milena Britto, são as curadoras da edição deste ano da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), entre os dias 22 e 26 de novembro. Os nomes foram anunciados nesta terça-feira (13). Fernanda e Milena estrearam na curadoria da Flip 2022, quando formaram um coletivo com Pedro Meira Monteiro.

O diretor artístico da Flip, Mauro Munhoz, destacou que o ponto fundamental que caracteriza o trabalho da dupla de curadoras é que “tanto a Fernanda quanto a Milena são leitoras de vários conjuntos, de vários Brasis. São faróis que iluminam caminhos ainda pouco percorridos na nossa paisagem cultural e literária “.

Tradição

Fernanda Bastos ressalta que o desejo da curadoria na Flip 2023 é seguir honrando a tradição da festa e reproduzir uma porção diminuta da polifonia que é característica de uma população diversa e curiosa como é a brasileira, sem perder de vista que a literatura não precisa estar distante e dissociada do desejo de vida “de cada um e cada uma de nós”.

Milena Britto diz que a Flip 2023 será tão emocionante, singular e inusitada quanto a anterior. Ela destaca que o Brasil tem uma expressão artística potente, complexa e de maneira alguma estagnada. “Mesmo com tantos esforços feitos nos últimos anos para se entender e divulgar as várias páginas que formam esse Brasil literário, a nossa produção tem sido ainda mal lida ou mal aproveitada em algumas zonas, na maioria das vezes por resquícios de uma prática de leitura ainda apegada a modelos hegemônicos. O ponto fundamental da nossa curadoria é que nos entendemos leitoras de vários conjuntos, de vários Brasis; assim, este caráter de iluminar diferenças, diálogos, encontros e mesmo desencontros, continua presente e pulsante, mas pode ser pulsante em outro ritmo”.

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No ano passado, a homenageada foi Maria Firmina dos Reis. Já o nome da autora ou autor homenageado desta edição está em fase de definição e será anunciado em breve. Sobre a escolha, Fernanda Bastos adiantou que a ideia é olhar para mentes inquietas e disruptivas que nem sempre foram vistas como brilhantes em seu tempo, “mas que, por sua coragem de produzir mesmo sem legitimação, nos deixaram uma obra pujante e inspiradora”. Milena Britto acrescentou que haverá uma homenagem com a cara de um Brasil de hoje, de ontem e do futuro. “Não é fácil escolher um nome só; o nosso Brasil é um jardim de flores-nomes nos convidando a colhê-las”.

Fernanda Bastos esclareceu que a diversidade e o olhar curioso para a literatura e as artes são marcas do trabalho das curadoras e serão destacadas nesta edição. “E isso precisa acontecer de forma natural, sem sobressaltos ou senões, porque vivemos em um mundo diverso em que as complexidades e os desafios de comunicação devem ser enfrentados com lucidez e generosidade”, disse à Agência Brasil. A curadoria já está trabalhando no processo de delinear as diferentes atrações da Flip.

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Currículos

Milena Britto dedica-se, entre outros temas, a pesquisas sobre gênero, literatura e estratégias de legitimação no campo literário. Tem sido professora visitante em universidades da América Latina e dos Estados Unidos. A partir de julho, ela estará na Universidade de Berkeley, Califórnia. Além da carreira acadêmica, tem atuação em políticas públicas para a área de literatura, participa de ações voltadas para a difusão de leitura, é crítica literária e curadora de diversos projetos culturais.

Nascida em Porto Alegre, Fernanda Bastos fundou, em 2018, junto com o crítico literário Luiz Mauricio Azevedo, a Figura de Linguagem, editora negra e independente, que foi reconhecida com Homenagem Especial do Prêmio Açorianos de Literatura de 2019. Dentre as escritoras publicadas pela casa editorial gaúcha, estão Maria Firmina dos Reis, June Jordan, Virginia Brindis de Salas e Lucy Terry. Fernanda é mestra em Comunicação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e autora de Os árbitros, as botas, as melancias e os postes (Figura de Linguagem) e Selfie-purpurina (Peirópolis), entre outras obras. Na TVE RS, atua como apresentadora do Redação TVE.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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