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Festa de Corpus Christi volta à Esplanada após 2 anos de pandemia

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A tradicional festa católica do Corpus Christi na Esplanada dos Ministérios está de volta. Após um hiato de dois anos, devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, as paróquias do Distrito Federal voltaram a confeccionar os tapetes feitos de serragem no gramado em frente aos ministérios.

Irmã Kássia Renata da Costa, que participa da Festa de Corpus Christi de Brasília. Irmã Kássia Renata da Costa, que participa da Festa de Corpus Christi de Brasília.

Irmã Kássia Renata da Costa participa da Festa de Corpus Christi de Brasília – Marcelo Camargo/Agência Brasil

“É muito grande este momento. Depois de dois anos, a gente retoma essa manifestação pública da nossa fé. E é o momento de revigoramento, de ver tantos outros grupos, tantas outras manifestações da igreja. E você vê a comunhão”, disse a irmã Kássia Renata da Costa, do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus.

Ela chegou às 7 da manhã e, assim como ela, centenas de outros iniciaram cedo a confecção dos tapetes, um dos destaques da decoração nesta quinta-feira (16) ensolarada em Brasília.

Fiéis confeccionam os tradicionais tapetes de serragem durante a Festa de Corpus Christi de Brasília, que retorna à Esplanada dos Ministérios após 2 anos de celebrações reduzidas por conta da pandemia. Fiéis confeccionam os tradicionais tapetes de serragem durante a Festa de Corpus Christi de Brasília, que retorna à Esplanada dos Ministérios após 2 anos de celebrações reduzidas por conta da pandemia.

Celebração volta ao centro da capital, após 2 anos suspensa por causa da pandemia de covid-19 – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Cada tapete é confeccionado por uma paróquia. Grupos de jovens e membros do clero se reúnem em um momento de celebração e união. Os desenhos são definidos em comunidade mas, a rigor, a decoração deve contemplar os símbolos próprios do Corpus Christi, da eucaristia, como o cálice e a hóstia.

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“Esse retorno [após as restrições da pandemia] é importante porque é um tempo em que a comunidade de cristãos se reúne com o único objetivo em comum, que é a celebração do corpo e sangue de Cristo, um importante aspecto da nossa fé cristã católica, da presença real de cristo na eucaristia”, disse Frei Leonardo Tertuliano, da Ordem dos Frades Menores Conventuais.

Fiéis confeccionam os tradicionais tapetes de serragem durante a Festa de Corpus Christi de Brasília, que retorna à Esplanada dos Ministérios após 2 anos de celebrações reduzidas por conta da pandemia. Fiéis confeccionam os tradicionais tapetes de serragem durante a Festa de Corpus Christi de Brasília, que retorna à Esplanada dos Ministérios após 2 anos de celebrações reduzidas por conta da pandemia.

Serragem colorida e criatividade dos fiés dão vida aos símbolos da festa católica – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Já passava das 11 horas da manhã quando Frei Leonardo dava os últimos retoques no tapete do Santuário São Francisco, da 915 norte. Ainda com as mãos sujas de serragem e tinta preta, ele destacou a importância de expressar sua fé em um mundo onde a intolerância religiosa por vezes se faz presente.

“A gente não deve nos afastar daquilo que nos é próprio. No nosso caso, a nossa fé tem essa tradição de abertura, de diálogo em comunidade através de um dia que você reúne várias paróquias com um objetivo em comum”, disse.

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“É uma oportunidade de dialogar com o mundo, falar que o nosso jeito de ser fraterno também se estende ao próximo. Mesmo aquele que não é da nossa fé nós tratamos com a mesma dignidade”, acrescentou.

Fiéis confeccionam os tradicionais tapetes de serragem durante a Festa de Corpus Christi de Brasília, que retorna à Esplanada dos Ministérios após 2 anos de celebrações reduzidas por conta da pandemia. Fiéis confeccionam os tradicionais tapetes de serragem durante a Festa de Corpus Christi de Brasília, que retorna à Esplanada dos Ministérios após 2 anos de celebrações reduzidas por conta da pandemia.

Tapetes com figuras religiosas são confeccionados com serragem – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Procissão

À tarde, às 16h45, ocorre a procissão de entrada da Missa com todo o clero de Brasília e o Arcebispo, Dom Paulo Cezar Costa. O caminho que o leva ao altar, erguido no gramado da Esplanada, é justamente a fileira de tapetes montados durante a manhã pelas paróquias. Ao final da Santa Missa, terá a tradicional procissão com o mar de velas para honrar o Santíssimo Sacramento.

A festa do Corpus Christi acontece em Brasília desde 1961 e, na Esplanada dos Ministérios, desde 1978. Este ano, ela é organizada pela Comissão de Corpus Christi, coordenada pelos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE) da Arquidiocese de Brasília.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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