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Festa do livro portuguesa homenageia o Brasil

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Começou hoje (16), no Templo da Poesia, em Oeiras, Portugal, a segunda edição da Travessia das Letras – Festa Infantojuvenil da Língua Portuguesa, que se estenderá até o dia 22, tendo como homenageados o Brasil e o bicentenário da independência. A área, de 22 hectares, foi tombada e tem representados, sob a forma de esculturas, 60 poetas, dos quais 50 são portugueses e dez de países ou territórios lusófonos.

A arquiteta luso-brasileira Claudia Pinheiro, idealizadora do evento, informou que a Festa da Língua Portuguesa vai ultrapassar as atividades relacionadas à literatura. “Vai agregar outras expressões artísticas, tais como teatro infantil, cinema de animação e também música, sempre tendo como ponto de partida a literatura infantojuvenil e celebrando grandes nomes da literatura brasileira, que vão participar de mesas de debates junto a autores portugueses”.

Cidades-irmãs

A primeira edição da festa aconteceu em 2019. A Travessia das Letras conta com o patrocínio da Câmara Municipal de Oeiras e do município de Oeiras, no Piauí. As duas cidades são cidades-irmãs. Com pouco menos de 40 mil habitantes, em 2021 o município piauiense foi identificado pela Representação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil como case de gestão educacional inovadora, o que motivou a instituição a promover uma pesquisa para investigar as razões do sucesso do município, com o título Boas práticas de gestão em educação municipal: o caso de Oeiras (PI).

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A representante e diretora da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, informou que “pelo fato de possuir convergência com as diretrizes e os princípios da Unesco nos campos da cultura, desenvolvimento social e cidadania global, a travessia é realizada em cooperação técnica com a nossa representação no Brasil”.

A Travessia das Letras conta, ainda, com apoio institucional da Missão do Brasil na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), do Plano Nacional de Leitura (PNL2027) e da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), as duas últimas organizações portuguesas, além do Outbêco, rede de franquias brasileiras com presença em Portugal.

Destaques

As atrações brasileiras incluem a realização da oficina teatral da peça Pluft, o fantasminha, de Maria Clara Machado (1921-2001), que será homenageada por seu centenário. A oficina é ministrada por Cacá Mourthé e Ricardo Kosovski, assim como sua encenação, da qual participarão os atores Roberto Bomtempo e Miriam Freeland.

O escritor indígena Daniel Munduruku terá seu livro Ideias para adiar o fim do mundo adaptado para encenação. Já o músico Pedro Luís realizará uma oficina de ritmo brasileiro, a partir de Carinhoso, uma das canções mais importantes da obra do maestro, instrumentista e compositor Pixinguinha (1897-1973).

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Diversos autores portugueses, entre eles Luísa Ducla Soares, Mário de Carvalho, Inês Fonseca Santos e João Maio Pinto, também vão narrar as obras brasileiras representadas no evento.

A programação completa com as atrações pode ser conferida no site do evento.

O evento tem entrada livre. As inscrições para as oficinas, no entanto, para o público em geral e para os estudantes de escolas públicas e privadas, devem ser realizadas pelo e-mail do evento.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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