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Festa Literária de Santa Teresa terá tributos aos 100 anos da Portela
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A 15ª edição da Festa Literária de Santa Teresa (Flist), organizada pelo Centro Educacional Anísio Teixeira (Ceat), será realizada neste fim semana, no Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, no mesmo bairro, centro do Rio de Janeiro.
A Flist contará com mais de 200 artistas e escritores, em apresentações musicais e de dança, cordel, contação de histórias, rodas de leitura, lançamentos de livros e sessões de autógrafos, entre outras atrações. O evento recebe, anualmente, mais de 10 mil pessoas.
100 anos de Portela
A Portela será homenageada em toda a programação da Flist, com rodas de conversa, samba, Sarau Azul do Infinito e o grupo Prata da Casa apresentando sucessos da azul e branca de Madureira e Oswaldo Cruz.
Haverá, ainda, tributos com artes em grafitti criadas por alunos do Ceat, a atividade Bordando o Azul do Infinito que receberá artistas bordadeiras convidadas, a apresentação das crianças da agremiação Filhos da Águia, a escola de samba mirim da Portela, e um bate-papo com Rogério Rodrigues e Dandara Luanda, do Departamento Cultural da Portela.
Diversidade e Inclusão
A 15ª edição do evento também terá como homenageados o autor indígena Ailton Krenak, pensador da cultura, escritor, produtor cultural e pacifista, e a escritora negra Sonia Rosa, professora, mestre e pesquisadora em relações étnico-raciais e defensora da literatura infantil negro-afetiva, onde o protagonismo negro é o principal foco em seus contos.
Os temas indígenas estarão presentes em bate-papos como Um Mergulho na Literatura, Oralidade e Cultura Indígena, com a autora Lucia Tucuju e a professora Luciana Tupinambá, e o Maraka: canto, dança, bate-papo e exposição de artes, com o líder indígena Urutau Guajajara e o coletivo da Aldeia Marakanã. A homenagem à Sonia Rosa contará com bate-papo com a autora e autógrafos de livros, além de um debate sobre a Literatura Negro-Afetiva e o Letramento Racial.
Também fazem parte da programação os debates com professores e coordenadores da Comissão das Revistas em Braile sobre a produção de materiais pelo Instituto Benjamin Constant e a oficina Transbordando entre palavras, poemas, língua de sinais e imagens. São envento promovidos pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), com os coordenadores do Grupo Artegestoação, grupo de pesquisa que propõe práticas e ações pedagógicas em educação de surdos, interagindo com a linguagem artística, outras linguagens e áreas do conhecimento.
“A 15ª edição de uma festa literária é algo a se comemorar muito. Será um evento muito especial, com foco na diversidade, inclusão e com uma enorme representatividade popular” disse a curadora da Flist, Ninfa Parreiras.
Gastronomia e Literatura
O evento conta ainda com o Circuito Gastronômico, em que dez restaurantes do bairro criaram pratos inspirados em autores, autoras e livros. Participam da iniciativa a Adega do Pimenta, Alda Maria Doces Portugueses, Aprazível, Armazém São Joaquim, Café do Alto, Esquina de Santa, Modernistas, Novo Oeste, Portella Bar, Tribas e Sobrenatural.
Outras atrações
Neste ano, pela primeira vez, a Flist contará com um planetário inflável e um telescópio para as crianças observarem o céu, além de uma Futmesa para os amantes do esporte.
Todas as atividades são gratuitas. A programação completa está disponível no site da Flist.
Serviço
Datas e horários: 06 e 07 de maio, das 10h às 18h
Local: Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas (Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa)
Entrada gratuita
*Estagiário sob supervisão de Akemi Nitahara
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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