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Festa Literária Internacional de Maricá vai homenagear Gilberto Gil
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O cantor, compositor, ex-ministro da Cultura e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) Gilberto Gil é o grande homenageado da 8ª Festa Literária Internacional de Maricá (FLIM), que será realizada de 19 deste mês e 1º de outubro, no norte fluminense.
O convite a Gil será feito durante a Ciranda Literária da ABL, no dia próximo dia 10, na Bienal do Livro do Rio, pela estudante Ana Cláudia Santana de Morais, de 14 anos, do Centro de Apoio Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC) Elomir Silva. A aluna foi selecionada em concurso literário cujo tema foi o multiculturalismo
Participam da Ciranda Literária os imortais Ana Maria Machado, Antonio Carlos Secchin, Antonio Cicero, Antonio Torres, Carlos Nejar, Domicio Proença Filho, Geraldo Carneiro, Godofredo de Oliveira Neto e Rosiska Darcy de Oliveira.
A mestre de cerimônias será a acadêmica e atriz Fernanda Montenegro. Durante o evento, a estudante vai ler sua redação, em no formato de carta, e passará a Gilberto Gil uma caneta de pena estilizada, símbolo da literatura, e a chave da cidade de Maricá.
Multicultural
O secretário municipal de Educação de Maricá, Marcio Jardim, informou à Agência Brasil que a escolha de Gil se deve à vasta contribuição nas áreas de música, literatura e política. “O Gil é um imortal exatamente por essa contribuição que ele tem deixado, que é eterna para a literatura, a música, a cultura popular. Essa é a razão da homenagem”. Outro motivo é que o tema da edição deste ano da Flim é o multiculturalismo. “E o Gilberto Gil é uma expressão, por si só, dessa ideia de um país e de um mundo multicultural”.
O secretário de Educação de Maricá ressaltou que a festa literária deste ano tem números que não se comparam a nenhuma outra do país. “Em primeiro lugar, temos 13 dias de duração, o que não ocorre em outro lugar. Segundo, Maricá é uma cidade do livro. Estamos no caminho contrário daqueles que querem substituir o livro impresso por tecnologias outras que se oferecem hoje nas escolas.”
Mumbucas literárias
Na avaliação de Marcio Jardim, nada substitui o livro. Serão distribuídos, nesta edição. mais de R$ 10 milhões em mumbucas literárias, moeda social local, a diversos segmentos vinculados à educação. Isso engloba todos os 35 mil alunos da rede municipal de ensino, professores, cujo valor da mumbuca literária será o equivalente a R$ 200.
Para alunos do Passaporte Universitário, programa de concessão de bolsas totalmente gratuitas a 6,3 mil estudantes do ensino superior, o voucher terá valor de R$ 100.
Serão beneficiados ainda alunos da rede estadual e os 1,2 mil estudantes do projeto municipal de alfabetização Sim, eu posso, que concluiu recentemente sua primeira etapa e é inspirado no programa de alfabetização de Cuba, que conseguiu erradicar da ilha o analfabetismo.
Também recebem mumbucas os aposentados da Secretaria de Educação de Maricá, orientadores pedagógicos e educacionais da rede de ensino.
Efervescência
“A novidade é que a Flim não é só uma feira de livros, mas uma festa literária da cidade, no patamar de disputar com outras feiras já mais consolidadas no calendário literário do país, como a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) ou de Salvador. Essa é a nossa pretensão, com esta oitava edição. Vai ter muita efervescência de cultura. Será um festival de arte e cultura chamado Sete Sóis e Sete Luas, nascido na Europa, cujo objetivo é formar elos entre povos e culturas”, disse o secretário municipal de Educação.
O evento será realizado pelo segundo ano consecutivo, no bairro de Itaipuaçu, em uma cidade cenográfica que está sendo construída para abrigar o evento. “São mais de 6 mil metros quadrados de área”. Outra novidade deste ano é uma Flimzinha, espaço específico para a literatura infantojuvenil, que terá com recreações educativas, jogos lúdicos. “Vai ter tudo que for vinculado à literatura infantil, com troca e venda de material em um mesmo espaço, dentro da Arena da Cidade do Livro.”
O Espaço Criança vai abrigar a Vila Pé de Maricá, em alusão à árvore que dá nome ao município, e contará com 76 estandes dedicados ao público infantojuvenil.
Porão Cultural
O espaço Porão Cultural será reservado a apresentações de artistas locais de diferentes vertentes. A Tenda Literária abrigará 154 estandes de vendas de livros e na Tenda Festart haverá um amplo espaço para descanso dos visitantes.
A Tenda Codemar + Recarregue-se será um local com redes, cadeiras de praia e tomadas para recarregar a energia e os aparelhos celulares.
A Flim reunirá mais de 100 editoras, nomes da literatura e da cultura. Está confirmada a participação de Leandro Karnal, Frei Betto, o compositor Nei Lopes, o ator e roteirista Hélio de La Peña, o jornalista Juca Kfouri, a bailarina Ana Botafogo; os escritores Sonia Rosa, Ondjaki, Rossandro Klinjey, Roger Mello, Israel Neto, Luiz Antônio Simas, Pastor Ed Renê, Maria Chocolate, Felipe Eugênio e Eliana Alves Cruz. Além dos convidados, participam ainda 50 escritores da cidade de Maricá.
Os shows no Palco Multicultural serão diários, com Adriana Calcanhoto, Zelia Duncan, a banda Maneva, Bia Bedran, Daniel Jobim, neto do compositor Tom Jobim, a cantora maranhense Flávia Bittencourt, entre outros artistas. A programação prevê ainda palestras, debates e rodas de conversa, que vão reunir escritores, convidados, professores, filósofos e chefs para um bate-papo com o público.
Um amplo espaço gastronômico com diversos restaurantes funcionará na Praça Camburi, derivado de uma fruta da região.
Transferência
A prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação vão transferir atividades para o Espaço Gonçalves Dias, homenageando o bicentenário de nascimento do poeta maranhense, precursor do romantismo no Brasil.
Marcio Jardim informou que para a abertura da Flim, no dia 19, às 16h, está programado um desfile cultural com manifestações diversas, bateria de escola de samba, capoeira. “Tudo que tiver de batida e de ritmo vamos fazer nesse desfile cultural”, disse. A Flim funcionará diariamente das 8h às 20h.
Os investimentos da prefeitura na festa chegam quase R$ 20 milhões, incluindo os R$ 10 milhões de mumbucas literárias.
Fonte: EBC GERAL


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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