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Foliões festejam o carnaval e deixam muito lixo no Rio
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A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) do Rio de Janeiro recolheu 61,4 toneladas de resíduos, a maior parte (53,3 toneladas) na área interna da Passarela do Samba, na Avenida Marquês de Sapucaí, e o restante – 8,1 toneladas -, na área externa. Foi o resultado do primeiro dia de desfiles das Escolas de Samba da Série Ouro, o grupo de acesso.
Somado ao que tinha sido recolhido nos dois dias que antecederam a abertura oficial dos desfiles, a quantidade removida de resíduos chega a 89,6 toneladas, sendo 83,3 de lixo orgânico e 6,3 de materiais potencialmente recicláveis. A operação de limpeza do Sambódromo começou às 6h de ontem (17).
Blocos
Nos desfiles dos blocos, desde o início do pré-carnaval, no último dia 4, a Comlurb recolheu 183,4 toneladas de resíduos. Desse total, 12,4 toneladas foram ontem (17). De acordo com a companhia, os blocos que deixaram maior quantidade de lixo foram Carmelitas, em Santa Teresa, na zona sul, com quase 4 toneladas, e Senta que eu empurro, no Catete, região central, com 3 toneladas.
O esquema de limpeza da Comlurb para o carnaval inclui 3.657 garis por dia. Só na parte interna do Sambódromo são até 889 garis diariamente, com o apoio de 21 veículos, sendo 14 caminhões compactadores, quatro basculantes, dois mini basculantes e uma pipa d’água para lavagem da pista com água de reúso. Além disso, são utilizados 34 equipamentos, sendo 20 sopradores, 12 mini varredeiras e duas caixas compactadoras.
A Comlurb está recolhendo materiais potencialmente recicláveis na Passarela do Samba, com exceção de latinhas, a cargo de uma cooperativa. Para o serviço de coleta seletiva são 22 garis. Mais 20 atuam na limpeza dos sete postos de saúde da Marquês de Sapucaí. Foram instalados 800 contêineres, de 240 litros, para o descarte correto dos resíduos.
Na área externa, incluindo o Terreirão do Samba, espaço de shows próximo ao Sambódromo, são até 145 garis por dia com o apoio de dois caminhões compactadores. No local foram instalados 100 contêineres de 240 litros.
Na zona norte, na Avenida Ernani Cardoso, a chamada Nova Intendente, em Cascadura, onde desfilam as escolas das séries Prata, Bronze e Grupo de Avaliação, estão no trabalho até 131 garis diariamente, que utilizam seis caminhões compactadores, uma varredeira de grande porte e duas minivarredeiras. Nessa área, a Comlurb disponibilizou 200 contêineres de 240 litros. A empresa conta com equipes de garis também na limpeza dos bailes oficiais da cidade.
Multa
Desde o início do pré-carnaval, as equipes do Lixo Zero aplicaram 355 multas, sendo 194 por descarte de pequenos resíduos, no valor de R$ 273,09, e 161 por pessoas urinando em via pública – R$ 748,21.
A Comlurb decidiu multar os responsáveis pela empresa Minha Luz é de Led Produções Artísticas, que se concentrou na noite de quinta-feira (16) na Praça Mauá, no centro. Os responsáveis que pediram, mas não conseguiram autorização da prefeitura para o desfile, resolveram fazer o evento mesmo assim, deixando lixo e destruição, com a invasão da área cercada do Museu do Amanhã. A Comlurb, que começou a limpeza ainda na madrugada, entregou a área limpa na manhã seguinte.
Com endereço registrado em Ipanema, na zona sul do Rio, a Minha Luz é de Led, será autuada pelo Programa Lixo Zero, da Comlurb. “Por não ter apresentado prévia de plano de remoção dos resíduos, ampliado o valor devido ao grande impacto paisagístico, à forma de disposição dos resíduos, ao tamanho da área afetada e volume gerado, expondo a riscos de insalubridade e danos físicos a população e profissionais de limpeza da Comlurb”, informou a companhia.
Por não realizar a remoção dos resíduos gerados no evento, depositados irregularmente no local, conforme o Auto de Constatação, as multas somaram R$ 21.487,54. “A companhia ainda avalia se fará a cobrança dos custos com a limpeza”, concluiu.
Edição: Graça Adjuto
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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