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Incêndio atinge Teatro Castro Alves, em Salvador
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Um incêndio atingiu no início da tarde de hoje (25) o Teatro Castro Alves, em Salvador. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas se concentraram apenas no teto do espaço, que é o maior complexo de salas de espetáculos da Bahia. Os focos de fumaça podiam ser vistos de longe, devido ao material inflamável usado numa obra na cúpula do espaço.
Os bombeiros informaram que o fogo não chegou a se propagar para outras dependências internas do prédio, que abriga vários espaços: a Sala Principal, Sala do Coro, Concha Acústica, Foyer, Centro Técnico, Vão-Livre, Jardim Suspenso e o Café Teatro.
A equipe que trabalha no teatro foi retirada do espaço por medida de segurança. Não há informações sobre feridos.
A Defesa Civil de Salvador informou que, por volta das 16h, as chamas já estavam controladas pelo Corpo de Bombeiros, e foi iniciada a operação de limpeza do prédio.
Uma vistoria preliminar apontou que o fogo começou na cobertura do teatro, onde há execução de serviço e presença de material inflamável, como fibras e resinas. Segundo a Defesa Civil, o sistema anti-incêndio instalado na parte inferior do prédio foi acionado e ajudou a conter o alastramento do incêndio. Na inspeção inicial, não foi constatado que as estruturas tenham sido afetadas.
Recuperação
Após o incêndio que atingiu a parte superior do teatro, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, determinou trabalho conjunto de diferentes órgãos estaduais e garantiu a recuperação do espaço com a “máxima brevidade”.
“Sigo acompanhando de perto a atuação das forças estaduais, principalmente do Corpo de Bombeiros. O TCA é um patrimônio cultural do nosso estado e determinei que o Corpo de Bombeiros, secretarias de Cultura, Turismo e Casa Civil do Estado, junto com a direção do equipamento, trabalhem de forma conjunta e ágil para avaliar os danos causados pelo incêndio e para recuperar com máxima brevidade as estruturas danificadas. Da forma mais rápida e segura, o teatro será reaberto para seguir fortalecendo a nossa agenda cultural”, afirmou Jerônimo Rodrigues.
Incêndio em 1958
O Teatro Castro Alves foi atingido por um incêndio em 1958, a poucos dias da inauguração. Devido ao fogo, o teatro ficou fechado por quase nove anos, e só foi oficialmente inaugurado em março de 1967. Em 1989, o Castro Alves passou por uma grande reforma e foi reinaugurado em 1993.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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