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InfoDengue lança e-book sobre dengue e mudanças climáticas

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O sistema InfoDengue, de monitoramento de arboviroses desenvolvido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação Getulio Vargas (FGV), lançou um e-book (livro digital) gratuito sobre dengue e mudanças climáticas em territórios periféricos. O livro mostra que temperaturas altas, mudanças no ciclo de chuva e a incidência de secas, decorrentes do processo de mudanças climáticas e intensificadas, muitas vezes, por ações humanas, favorecem a expansão de doenças transmitidas por mosquitos, como Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

Segundo a pesquisadora da Fiocruz e coordenadora do InfoDengue, Cláudia Codeço, o livro digital pode ser utilizado também como material de apoio em sala de aula e em ações de educação em saúde. Ela disse que a ferramenta vem preencher uma necessidade de materiais didáticos para uma grande parcela da população que vive em locais vulneráveis aos eventos extremos do clima. O e-book busca trazer a reflexão sobre esse tema e, também, ações que podem ser realizadas para enfrentamento do problema, disse Cláudia à Agência Fiocruz de Notícias.

Relatório

As análises do InfoDengue reforçam o relatório Contagem regressiva sobre a saúde e as mudanças climáticas, feito em parceria com 35 instituições, entre as quais a Organização Mundial da Saúde (OMS). O relatório salienta que o aquecimento global promove a expansão dos mosquitos responsáveis pela transmissão da dengue, oferecendo um ambiente quente e de chuvas, propício à reprodução dos insetos e vírus.

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O documento foi publicado na revista The Lancet e mostra que a pluviosidade eleva a quantidade de criadouros aptos para o desenvolvimento das larvas dos mosquitos, propiciando condições ambientais apropriadas para o alastramento dos insetos já adultos. Da mesma forma, acelera a transmissão do vírus entre mosquitos e humanos.

De acordo com dados do segundo volume do Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (IPCC/ONU), habitantes de regiões vulneráveis em todo o mundo morreram 15 vezes mais em decorrência de secas, enchentes e tempestades do que aqueles que vivem em áreas seguras.

InfoDengue

O sistema InfoDengue monitora, atualmente, dados de dengue, zika e chikungunya em todo o país de forma integrada. São analisados dados epidemiológicos de notificação, dados climáticos e dados de menção às doenças nas redes sociais, corrigindo atraso das notificações dos dados para agilizar a tomada de decisão. As informações são enviadas semanalmente, em boletins, para as secretarias de Saúde.

Aplicativo

Ao identificar o aumento do acesso ao site e visando otimizar o tempo dos usuários do sistema de monitoramento online de arboviroses InfoDengue, o coordenador do projeto e pesquisador da Escola de Matemática Aplicada da FGV, Flávio Coelho, desenvolveu o primeiro aplicativo para celulares Android e IOS do InfoDengue. A partir desse aplicativo, é possível buscar a situação das arboviroses na região de interesse de cada cidadão.

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Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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