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Itaipava tem central para arrecadar doações para Petrópolis

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Para organizar melhor o recebimento e distribuição das doações que chegam a Petrópolis, os motoristas de outras cidades passaram a ser direcionados para o distrito de Itaipava, onde foi aberta uma central de arrecadação pela prefeitura.

A cidade, na região serrana do Rio de Janeiro, foi atingida por fortes chuvas que provocaram enchentes e deslizamentos desde terça-feira (15). Os dados oficiais indicam que 152 mortes confirmadas.

A central fica na concessionária Tec Auto, na rodovia BR-040, km 62, s/n. Segundo a prefeitura de Petrópolis, a mudança foi feita para diminuir os congestionamentos nas áreas atingidas pelas chuvas.

A Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) montou barreiras nos pórticos do Quitandinha e do Bingen para direcionar os motoristas para a nova central de Itaipava.

A operação conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Concer, concessionária que administra este trecho da BR-040. Segundo o diretor-presidente da CPTrans, Jamil Sabrá, a central de arrecadação montada na quadra da Universidade Católica (UCP) no Bingen, na semana passada, não está mais recebendo doações.

“Petrópolis está recebendo muita ajuda de muitas cidades. Somos muito gratos por isso. É um momento muito difícil para a cidade, e toda ajuda é muito bem-vinda. Então, montamos essa operação para otimizar o recebimento e a distribuição de doações. Ao mesmo tempo, a nossa preocupação é em reduzir os congestionamentos próximos às áreas atingidas pelas chuvas. As retenções no trânsito atrapalham os atendimentos às emergências e os serviços de limpeza das ruas e de desobstrução das vias onde houve deslizamentos”.

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As doações que ainda estão no Bingen serão distribuídas para os pontos de apoio da prefeitura.

Pontos de doação

Voluntários recebem doações para as vítimas das chuvas em Petrópolis, na paróquia São José da Lagoa, zona sul do Rio. Voluntários recebem doações para as vítimas das chuvas em Petrópolis, na paróquia São José da Lagoa, zona sul do Rio.

Voluntários recebem doações para as vítimas das chuvas em Petrópolis, na paróquia São José da Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Na cidade do Rio de Janeiro, diversas iniciativas montaram pontos de recebimento de doações para as vítimas das chuvas em Petrópolis.

O MetrôRio, em parceria com o governo estadual, está recebendo donativos nas estações Pavuna, Central, Carioca, Largo do Machado e Jardim Oceânico. Entre os itens solicitados estão água mineral, roupas infantis e adultas e material de higiene e de limpeza.

Foram disponibilizadas caixas para receber as doações próximo à sala da segurança e identificada com o nome da campanha, que vai até a próxima quinta-feira (24). Os donativos serão levadas pela Secretaria de Transportes para as famílias de Petrópolis.

Já a Arquidiocese do Rio de Janeiro abriu as portas da Paróquia São José da Lagoa, na Lagoa Rodrigo de Freitas, e do Cristo Redentor para receber doações como alimento, água, material de higiene e limpeza.

A paróquia está aberta 24h por dia desde quarta-feira e, até o momento, as doações recebidas estão enchendo oito caminhões por dia, para Petrópolis.

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Outro local que recebe doações é o Galpão da Ação da Cidadania, na zona portuária da cidade. A organização é conhecida pela campanha Natal Sem Fome e iniciou, no fim do ano passado, a campanha SOS Enchentes Brasil, para apoiar regiões acometidas por desastres naturais.

Movimentos sociais

A ONG Ação da Cidadania recebe doações para as vítimas das chuvas em Petrópolis, no galpão da sede da organização, zona central da cidade. A ONG Ação da Cidadania recebe doações para as vítimas das chuvas em Petrópolis, no galpão da sede da organização, zona central da cidade.

A ONG Ação da Cidadania recebe doações no galpão da sede da organização, na zona central da cidade Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto (MTST) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) enviaram voluntários para Petrópolis para ajudar as famílias desabrigadas.

Será montada uma Cozinha Solidária de Campanha e brigadas de mutirão de busca e de saúde na cidade. Ao longo da próxima semana, os recursos doados à Campanha Permanente de Solidariedade Mutirão Contra a Fome serão destinados à aquisição de alimentos agroecológicos das famílias camponesas do MPA.

Além dos alimentos, a campanha recolhe material de limpeza, máscaras, álcool em gel, fraldas adulto e infantil, absorventes e outros itens de higiene que podem ser entregues nos postos de coleta. Um deles é o Raízes do Brasil, em Santa Teresa.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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