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Levantamento mostra aumento de apreensões de canabinoides sintéticos
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A Secretaria Nacional de Política sobre Drogas apresentou, nesta quinta-feira (6), dados que mostram o aumento nas apreensões de canabinoides sintéticos, substâncias conhecidas como drogas K, no estado de São Paulo. Os canabinoides são substâncias psicoativas que imitam efeitos de outras drogas.
De acordo com o órgão, ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, nos primeiros quatro meses deste ano as apreensões somaram 15 quilos (kg). No ano passado, 11,7 kg foram apreendidos, e em 2021, as apreensões totalizaram 5,7 kg.
Os números fazem parte do 5º Informe do Subsistema de Alerta Rápido sobre Drogas (SAR). Os dados foram obtidos a partir de ocorrências registradas pela Polícia Civil do estado.
O levantamento também mostra que, até junho deste ano, foram registrados 493 casos suspeitos de intoxicação de pessoas por canabinoides sintéticos, representando crescimento de cinco vezes em relação a todo o ano passado, quando houve 98 casos.
Na avaliação dos pesquisadores, o número de apreensões de canabinoides pode parecer ínfimo em relação às de outras drogas, mas o aumento registrado justifica o monitoramento. Segundo os pesquisadores, também deve ser levado em conta que esses tipos de drogas sintéticas são de difícil detecção pelas forças de segurança, sendo armazenadas em material vegetal, como ervas, ou borrifada em papéis para escapar da fiscalização.
Riscos
Durante a apresentação dos dados, a secretária Nacional de Política sobre Drogas, Marta Machado, disse que o órgão passou a monitorar o número de apreensões desse tipo de drogas sintéticas em São Paulo para avaliar a situação e fazer recomendações aos profissionais que trabalham na repreensão do tráfico e à população sobre os riscos dos canabinoides.
“É preocupante essa nova droga, com efeitos muito mais lesivos do que normalmente se pensa quando se fala de canabinoide. Essa é uma primeira ação do ministério para lidar com essa nova emergência”, disse.
Gabriel Andreuccetti, estatístico do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas (Unodc), alertou para os efeitos das drogas sintéticas e afirmou que os canabinoides não podem ser tratados como maconha sintética, termo popularmente conhecido. Segundo ele, canabinoides sintéticos não estão presentes na maconha e não se assemelham às substâncias presentes na planta da cannabis.
“Os riscos dessas drogas são muito maiores do que a cannabis. São drogas que apresentam efeitos tanto psicomotores quanto psicoativos severos. O tempo de ação é mais curto e intenso do que uma droga como a cannabis”, disse.
Os dados do informe fazem parte do Subsistema de Alerta Rápido sobre Drogas (SAR), que funciona como instrumento de vigilância para detectar o surgimento de novas drogas e aparelhar os órgãos de saúde pública e segurança para o combate aos entorpecentes.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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