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Morre Tadao Takahashi, um dos pioneiros da internet no Brasil

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Uma das pessoas mais importantes para o desenvolvimento da internet no Brasil, o pesquisador Eduardo Tadao Takahashi morreu ontem (6), aos 71 anos, de complicações cardíacas. O velório será amanhã (8), em Campinas, onde ele vivia.

Como fundador e primeiro dirigente da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Takahashi foi fundamental no planejamento e na implantação da rede mundial de computadores no Brasil. “Ele iniciou uma das primeiras redes acadêmicas no país e foi uma força motriz no esforço de coordenação com outras redes acadêmicas nacionais para estabelecer uma espinha dorsal que acabaria se tornando a internet brasileira”, afirmou a RNP, em nota.

Hall da Fama

O pesquisador foi o segundo brasileiro nomeado pela Internet Society para o Hall da Fama da Internet, depois do diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), Demi Getshcko (2014).

Em seu discurso de nomeação, em 2017, Takahashi afirmou que, “em qualquer país, existem inúmeros jovens de 25 anos procurando maneiras de contribuir com o futuro do país por meio de iniciativas de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). Então, em cada país e em cada momento conturbado, é hora de articular o futuro, passar o bastão e ter a certeza de que uma geração ansiosa e entusiasmada assumirá, e é isso basicamente que estamos fazendo”. 

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Desenvolvimento de redes

A RNP destacou que Takahashi se tornou um dos primeiros defensores de uma abordagem ‘bottom-up’ (de baixo para cima) e inclusiva para o gerenciamento e desenvolvimento de redes, ao criar um dos primeiros modelos multissetoriais de governança da internet, anterior ao empregado pela ‘The Internet Corporation for Assigned Names and Numbers’ (ICANN).

“Takahashi foi idealizador do então projeto de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que uniu governo, academia e empresas na construção da internet no Brasil. Esse enorme desafio foi liderado por ele com energia e muito sucesso, graças à sua grande capacidade de planejamento estratégico, articulação institucional, criatividade, perseverança e inteligência. Sentimo-nos privilegiados por termos convivido com ele nesse percurso”, disse, em nota, a RNP.

Takahashi ajudou a moldar políticas públicas sobre iniciativas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) das Nações Unidas, Comissão Europeia e Fórum Econômico Mundial, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico do Brasil. Participou da concepção das linhas gerais do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e integrou o conselho desse comitê de 1995 a 1998, sendo novamente nomeado entre 1999 e 2003.

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Foi ainda o criador e presidente do Programa Nacional para a Sociedade da Informação do Brasil (SOCINFO), iniciativa nacional que visava articular e expandir o uso estratégico da internet no Brasil nas principais áreas de aplicação, incluindo governo, educação e saúde. Takahashi estava à frente do projeto i2030, cuja meta era pensar o que seria a internet em 2030.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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