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Mostra lembra artistas negros que passaram pelo Municipal de São Paulo

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Uma mostra iconográfica apresenta ao público, desta sexta-feira (9) até 29 de março do próximo ano, os artistas negros que ajudaram a construir a história do Theatro Municipal de São Paulo. Com entrada gratuita, a mostra Presente! – Presenças negras no Theatro Municipal de São Paulo será aberta hoje (8) na sala de exposições da Praça das Artes, localizada na Avenida São João, na região do Vale do Anhangabaú. 

A exposição é fruto de levantamento documental feito pelo Núcleo de Acervo e Pesquisa do Municipal, que encontrou mais de 280 registros de diferentes espetáculos, eventos e intervenções políticas que tiveram como protagonistas mulheres e homens negros. Estão expostos programas de espetáculos, fotografias, borderôs, vídeos, cartazes, partituras, trajes e adereços que marcaram a presença de artistas negros no Municipal. O projeto da expografia é assinado por Ricardo Muniz Fernandes.

Também integram a exposição trechos de 34 entrevistas com funcionários negros do teatro. “Essa experiência de registros documentais de história oral de trabalhadores serviu como uma primeira experiência para uma ação que pretendemos aprofundar e produzir registros da história oral dos trabalhadores do Theatro Municipal de São Paulo”, disse a pesquisadora do Núcleo de Acervo e Pesquisa Anita Lazarim.

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Nesta quinta-feira, na abertura da mostra, o Coro Lírico Municipal e a pianista Marizilda Hein vão apresentam, às 19h, no vão da Praça das Artes, o Hino da Abolição, de Gomes Cardim. A partitura manuscrita desse hino integra a exposição.

Além de celebrar artistas que se apresentaram dentro do centenário edifício do Theatro Municipal paulistano e também seus funcionários, a mostra pretende dar visibilidade à atuação de entidades e organizações da sociedade civil que ocuparam ou fizeram parte da programação da instituição.

“A exposição revela que o Theatro Municipal também foi constantemente disputado por outros grupos sociais que não somente a elite; que existiram – e de alguma forma se realizaram – outros projetos, tensões, diferentes perspectivas de cultura e política. A exposição ajuda a construir uma perspectiva mais plural sobre o significado do Municipal para a cidade de São Paulo e para o Brasil”, disse, em nota, o coordenador do Núcleo de Acervo e Pesquisa do Complexo Theatro Municipal, Rafael Domingos.

Mais informações sobre a mostra podem ser obtidas no site do teatro.

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Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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