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Mostra Portinari Raros é base para programa de férias do CCBB RJ
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Com atividades 100% gratuitas, o CCBB Educativo, programa de arte-educação patrocinado pelo Banco do Brasil, abre as portas do Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ) para crianças e adultos de todas as idades durante as férias de julho. A programação tenta aproximar o público da exposição Portinari Raros, atualmente em cartaz no centro cultural, com obras originais pouco conhecidas do artista plástico.
“A inspiração das atividades é a exposição em cartaz”, disse à Agência Brasil a coordenadora geral do CCBB Educativo, Daniela Chindler. “Ela vai ser nosso guia do que a gente está produzindo”.
Para Daniela, férias são sempre um hiato no nosso cotidiano. “É a hora em que a gente não tem mais aula na escola e vai sair para andar na floresta, na praia. E vai também ao museu, que é uma porta de aventura. O museu pode ser um espaço de experiência, de descoberta e de novas atividades”, disse.
As ações idealizadas para as férias de inverno pelo CCBB Educativo vão durar até o final de julho. Mas enquanto a exposição de Portinari estiver em cartaz, algumas atividades ligadas à mostra permanecerão, mas com o repertório renovado. É o caso das histórias. “A gente continua contando histórias brasileiras, mas não necessariamente as histórias de agosto serão as mesmas de julho. O tema central é que permanece”. A exposição continuará em cartaz até o dia 12 de setembro
Primeira infância
Para as crianças pequenas, em especial, foram criadas atividades denominadas Pequeníssimas Mãos, para a faixa etária de 2 a 3 anos de idade, e Pequenas Mãos, para os menores entre 3 e 6 anos de idade. “A gente vai trabalhar com conceitos presentes na obra de Portinari que trabalha com a infância, brincadeiras de roda, meninos soltando pipa, a gangorra”, disse Daniela. Uma das atividades visa chamar a atenção para o apito do trem. Para isso, os pequenos e suas famílias são convidados a explorar o mundo de Portinari por meio dos sentidos e da vivência, partindo da Praça de Brodowiski, cidade paulista onde nasceu o pintor.
As crianças vão montar a cidade de Portinari a partir de materiais como palitos de sorvete para montar a linha do trem e adereços para compor os vagões, nos quais são colocadas palavras. Inspirados no poema Café com pão, de Manoel Bandeira, os participantes vão montar o seu próprio poema sonoro a partir da construção da estrada de ferro e dos vagões do trem. Ganharão também instrumentos para fazer o ritmo.
“É uma atividade que tem essa possibilidade de a gente utilizar as mãos, o tato, para essa montagem. E também tem uma coisa de música, de corpo e de ritmo”, explicou.
O Pequenas Mãos acontece aos sábados, às 10h. Já o Pequeníssimas Mãos acontece aos domingos, no mesmo horário.
Mesas de luz
Uma segunda atividade do CCBB Educativo é o Laboratório de Artes com mesas de luz. “A gente produziu mesas de luz com material reciclado, caixas de papelão, mas tem instalação elétrica e luz, muito numa defesa de que, quando você chega no museu, tem que apresentar suportes que têm a qualidade de serem mágicos”. Os suportes oferecidos trazem objetos diferentes do que as crianças têm em casa, como a tradicional caneta e o papel, e o recorta e cola, explica a coordenadora geral Daniela Chindler. “A intenção é mostrar que o museu tem materiais legais”, acrescentou.
Daniela Chindler lembra que Portinari, ao longo de sua carreira, produziu desenhos, esboços, pinturas em telas e murais. Os visitantes vão receber detalhes de obras de Portinari e de diferentes períodos artísticos como o cubismo, surrealismo, muralismo mexicano. São figuras humanas, animais, elementos de paisagem tipo árvore, casas.
“A produção dele [Portinari], de alguma maneira se inspira muito nesses movimentos. Na mesa de luz, os visitantes recebem papel de seda e conseguem trabalhar em cima desses esboços. Vão fazer novas obras e composições autorais, partindo desses detalhes e inspirações”.
Visitas
Há também uma visita mediada, em grupo, à exposição central, sem necessidade de agendamento. Com duração de uma hora, as visitas estimulam a troca, a investigação e a reflexão sobre as exposições. As visitas mediadas acontecem às segundas-feiras e quartas-feiras, às 11h, 16h e 18h. Às quintas-feiras, são às 11h e 16h; às sextas-feiras, às 16h e 18h; e nos sábados e domingos, às 10h e 18h.
As visitas mediadas em Libras contam com a participação de um intérprete e acontecem às sextas-feiras, às 13h, 15h e 17h, e no domingo, às 13h e 17h, com duração de uma hora.
O CCBB Educativo está usando um mobiliário especial, com rodinhas, de fácil deslocamento. “A gente entende que a ação educativa tem que estar presente no museu como um todo. Ela não pode estar escondida em uma sala. A gente tenta ganhar os corredores, a rotunda, todos os espaços. Esse carrinho vai funcionar como um ponto de encontro da ação educativa, como também de introdução para as visitas e das obras expostas”, explica. Esse ponto de encontro servirá como uma introdução ao conteúdo da exposição principal.
Histórias
Outra atração das férias é a contação de histórias. Nesse período, as histórias são inspiradas na oralidade brasileira de folcloristas como Câmara Cascudo e Sílvio Romero. Nos dias 23 (sábado) e 24 (domingo), no Teatro 1, no andar térreo do CCBB, haverá várias sessões de contação de histórias. O teatro tem capacidade para 172 pessoas e, como as demais atividades do CCBB Educativo, essas sessões com histórias brasileiras também terão entrada franca.
“A gente está contando histórias de personagens como Pedro Malazartes, as paisagens, os animais vistos por Portinari em viagens pelo Brasil”, informou Daniela.
Está confirmada também nesse evento a participação da companhia Costurando Histórias, que vai apresentar dois espetáculos. Um é No rastro da Rainha da Mata, parceria entre o autor Fabio Sombra e a companhia, ainda inédito, com duas histórias de encontros de gente com bichos e mitos do nosso imaginário popular. Um segundo espetáculo fala da África pelas vozes dos bichos. Por que os mosquitos zunem nos ouvidos da gente? Por que os crocodilos não comem as galinhas? Essas são indagações que as crianças são convidadas a descobrir durante o espetáculo. São duas apresentações por dia. “São histórias muito divertidas”, destacou a coordenadora geral do CCBB Educativo.
Na Hora do Conto acontece aos sábados e domingos, às 13h e 15h, sendo que nessa última sessão tem interpretação em Libras. Serão contadas histórias divertidas, como a de um macaco muito vaidoso que perdeu seu rabo. É a História do Macaco que arranjou uma viola. Os educadores contarão como esse macaco saiu por aí encontrando coisas e conhecendo pessoas por onde passava e, em todo lugar, trocava o que ganhava por algo que talvez pudesse utilizar melhor. Cantarolava sem parar sobre suas histórias até que se viu preenchido com um presente especial, a viola.
Outro conto que será apresentado pelos educadores é a “A história mais longa do mundo”, que fala de um rei que adorava ouvir histórias, mas achava que elas eram curtas demais e, por isso, mandou prender seu contador de histórias. Então, decidiu lançar um desafio para quem contasse a história mais longa do mundo. As sessões são realizadas no Ateliê Aberto do CCBB Educativo do Rio.
Edição: Fernando Fraga
Fonte: EBC Geral


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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