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Mostra traz fotografias de Sebastião Salgado na Revolução dos Cravos

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Uma menina marcha descalça no asfalto, seguida de perto por mais três crianças, à frente de um batalhão de soldados. A foto foi feita em 1974, na cidade de Porto, em Portugal, pelo fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado. Um registro da união da população do país com o Exército na destituição do regime ditatorial que vigorava desde 1926.

A visão de Salgado sobre os eventos da Revolução dos Cravos, como ficou conhecido o movimento, poderá ser vista em uma exposição que abre no próximo dia 10 de maio no Museu da Imagem e do Som (MIS), na zona oeste paulistana. As 50 fotografias são inéditas no Brasil.

As imagens trazem elementos fundamentais da revolução, como as ideias socialistas que levaram à nacionalização de parte das empresas do país.

Mostra traz fotografias de Sebastião Salgado na Revolução dos Cravos. - Alcácer do Sal,  Foto: Sebastião Salgado Mostra traz fotografias de Sebastião Salgado na Revolução dos Cravos. - Alcácer do Sal,  Foto: Sebastião Salgado

Exposição marca os 50 anos da Revolução dos Cravos – Sebastião Salgado

Em uma imagem feita em Alcácer do Sal, na região do Alentejo, trabalhadores ocupam a sede de uma fazenda. O grupo contrasta com a suntuosidade da mobília e da família proprietária, representada ao fundo em um quadro com um cavaleiro retratado com ares de nobreza.

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Os choques culturais também estão representados no caminhar de uma senhora que passa, coberta de negro dos pés à cabeça, em frente a desenhos dos rostos dos teóricos Friedrich Engels e Karl Marx (imagem de destaque). Nas janelas, de desenho tradicional, é possível notar os adesivos do Partido Comunista Português.

A revolução

No último dia 25, Portugal celebrou os 50 anos da Revolução dos Cravos, que levou ao fim da ditadura. O país vivia o regime desde a instauração do chamado Estado Novo, em 1926, aprofundado pela Constituição que passou a valer a partir de 1933.

Entre 1932 e 1968, o país esteve sob o comando do ditador António de Oliveira Salazar. Com sua morte, o regime perde força, sendo dirigido por Marcelo Caetano até a queda com a revolução.

O movimento que levou ao fim da ditadura em 25 de abril de 1974 foi impulsionado por militares, muitos que haviam combatido nas fracassadas guerras que tentaram manter sob domínio português as colônias na África.

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A revolução ficou conhecida pela imagem de soldados que colocavam cravos nos canos de suas armas.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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