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Museu em casa onde morou Santos Dumont é reinaugurado em Petrópolis/RJ
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Logo no começo de uma ladeira no centro de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, fica A Encantada, como é conhecida a casa de três andares onde morou Alberto Santos Dumont. Atualmente, o lugar dá espaço para o Museu Casa de Santos Dumont, reinaugurado nesta quinta-feira (20), dia em que completa 150 anos do nascimento do pai da aviação.
O museu, que oferece exemplos práticos de engenhosidades cotidianas de um dos precursores da aviação, estava fechado para restauração desde fevereiro deste ano. A reforma custou cerca de R$ 500 mil à prefeitura.
O teto de madeira passou por descupinização; infiltrações foram sanadas; móveis, restaurados; e a nova pintura deu ares aconchegantes à construção. Todo o projeto foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A bilheteria funciona onde era uma pequena oficina usada por Dumont, em uma espécie de porão. Para subir até o primeiro andar, o visitante já encontra uma das criações do inventor. A escada tem degraus em forma de raquete, o que evita tropeços e força a subida ser iniciada com o pé direito.
Novidades
A reinauguração do museu neste sesquicentenário veio com novidades no acervo de 200 itens. Entre elas, um quadro que reúne fotos de Dumont com familiares e a bandeira do Brasil que o inventor costumava hastear no telhado, agora exposta em um quadro.
“Foi uma questão hercúlea trazer uma pessoa para restaurar um tecido que tem mais de cem anos, para poder oferecer à população uma bandeira que Santos Dumont manuseou”, detalha à Agência Brasil Cláudio Gomide, coordenador do museu. B
A restauradora Luciana Lopes se emociona ao ver a acervo da casa entregue à visitação. “Quando a gente devolve isso à sociedade, tudo muda, o olhar muda, o (sentimento de) pertencimento. A gente precisa fazer isso, preservar a nossa história”.
No imóvel em que Santos Dumont usava para passar o verão, é possível encontrar ainda correspondências trocadas com amigos e autoridades, itens pessoais como o famoso chapéu e a maleta de documentos. Um abajur exposto foi presente da Princesa Isabel.
Peculiaridades
No alto dos seus 1,52 metros, Santos Dumont vivia em uma casa adaptada à sua estatura. A mesa de refeição é mais baixa do que as que os visitantes estão acostumados a ver. No segundo andar fica uma escrivaninha que, à noite, era adaptada para virar uma cama.
No banheiro, mais uma invenção de Santos Dumont. Um balde com perfurações que virou um chuveiro, com um mecanismo para misturar a água quente com a gelada, regulando a temperatura do banho.
Santos Dumont parecia já viver na era do, hoje, tão comum delivery. Em uma casa sem cozinha, todas as refeições eram pedidas por um telefone de magneto.
“Apesar de ter passado muito tempo na França, ele tinha essa casa, era do país e amava o Brasil. É uma forma de todo brasileiro ter orgulho de nossa terra, nossas realizações”, diz Cláudio Partes, responsável pela cenografia do museu.
Turismo
Após a morte de Dumont, em 1932, a família doou o imóvel para que a prefeitura o transformasse em museu, o que aconteceu em 1956. Hoje, A Encantada, projetada em 1918, está adaptada com recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência, com um elevador externo, por exemplo.
Ao lado da casa fica o Centro Cultural 14-Bis, com um acervo que traz explicações e réplicas de invenções, como balões e modelos de avião. Há ainda uma exposição permanente sobre como é feito, hoje, o controle de tráfego aéreo no país, com detalhes sobre a atuação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Aeronáutica.
“O museu tem uma importância para o turismo. Acaba fazendo com que Petrópolis tenha uma visibilidade não só nacional, como também internacional, pelo fato de Santos Dumont ter construído essa casa e deixado esse acervo maravilhoso aqui. Que venham todos conhecer a nossa Encantada!”, convida o prefeito Rubens Bomtempo.
Fazendo parte do calendário de comemoração pelos 150 anos de Santos Dumont, o museu terá entrada gratuita nesta sexta-feira (21) e 50% de desconto nos dias 22 e 23 de julho.
Serviço:
Museu Casa de Santos Dumont
Rua do Encanto, 22, Petrópolis/ RJ
Terça a Domingo, das 10h às 17h
Ingresso: R$ 10
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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