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Natal decreta estado de calamidade pública devido às chuvas
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A prefeitura de Natal (RN) decretou estado de calamidade pública municipal devido aos danos que as chuvas do último fim de semana causaram em vários pontos da capital potiguar e em parte da região metropolitana. Segundo a Defesa Civil municipal, entre sexta-feira (1°) e hoje (4), choveu o equivalente a 264 milímetros – volume suficiente para causar danos estruturais e afetar os moradores de diferentes localidades da região metropolitana de Natal. As chuvas também causaram transtornos e prejuízos em Parnamirim, Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba e São Miguel do Gostoso.
Segundo a diretora de Defesa Civil e Ações Preventivas do município, Fernanda Jucá, o número de pessoas desalojadas – ou seja, que tiveram que deixar suas residências e se abrigar na casa de parentes, amigos ou vizinhos – ainda está sendo contabilizado. Até este domingo (3), ao menos dez pessoas tiveram que ser levadas para uma das três escolas preparadas para receber os desabrigados. Além disso, embora tenham sido afetadas pelas chuvas, 20 famílias do acampamento Emanuel Bezerra e outras 20 do acampamento Palmares preferiram não ir para abrigos e receberam colchões e cestas básicas para permanecerem nos acampamentos.
Uma das regiões de Natal mais prejudicadas foi o bairro Felipe Camarão, na Zona Oeste da cidade. No local, a força das águas cavou uma cratera e forçou a interrupção do tráfego de veículos em um trecho da BR-226. Ao menos uma dúzia de imóveis foi interditada no bairro.
Em outros pontos da cidade, lagos como as de São Conrado, Panatis, da Esperança, Pajuçara, Xavantes, Pirangi, do Jacaré, Morro Branco, do Preá e de Ponta Negra, transbordaram. Ainda em Ponta Negra, um dos principais cartões-postais do estado, houve problemas em uma rede de drenagem próxima à praia.
Ainda de acordo com Fernanda, apesar da previsão contrária, parou de chover esta manhã e o sistema meteorológico oceânico que favoreceu a formação das fortes chuvas dos últimos dias começou a perder força.
O decreto municipal que reconhece o estado de calamidade pública foi assinado pelo prefeito Álvaro Dias e publicado em uma edição extra do Diário Oficial municipal desta madrugada. Na prática, a medida autoriza todos os órgãos públicos municipais a executarem ações de resposta à situação, incluindo as obras necessárias a reparar a infraestrutura afetada.
O decreto da prefeitura dispensa os órgãos municipais da obrigação de realizarem licitação pública para contratar os serviços e equipamentos necessários, desde que as obras possam ser concluídas em, no máximo, 180 dias consecutivos e ininterruptos, contados a partir da caracterização do desastre, vedada a prorrogação dos contratos.
O decreto também autoriza a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade. E, caso necessário, os agentes da Defesa Civil estão autorizados a ingressar em residências particulares para prestar socorro ou determinar a imediata evacuação em caso de risco.
Em sua conta no Twitter, a governadora Fátima Bezerra informou ter telefonado para os prefeitos de Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Extremoz, Macaíba e São Miguel do Gostoso a fim de oferecer o apoio do governo estadual. “Num momento assim, temos que unir esforços sobretudo em prol das populações mais atingidas. Estamos de prontidão!”, escreveu a governadora, garantindo que as equipes de emergência da Defesa Civil estadual estão em alerta máximo e colaborando com os órgãos municipais.
Edição: Valéria Aguiar
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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