Search
Close this search box.
CUIABÁ

BRASIL

Nova edição do Palco Giratório terá apresentações em ambiente virtual

Publicados

BRASIL

O Serviço Social do Comércio (Sesc Nacional) anunciou hoje (5) a nova edição do Palco Giratório, que terá formato inédito, com todas as apresentações em ambiente virtual. “Ele é bem diferente das edições anteriores, sobretudo porque são apresentações digitais”, disse à Agência Brasil o analista de cultura do Departamento Nacional do Sesc, Vicente Pereira Júnior. Toda a programação é gratuita.

Para esta 24ª edição do Palco Giratório foi feito um mapeamento de projetos culturais desenvolvidos por artistas de todo o país, tendo em vista as circunstâncias da pandemia e do isolamento social. A totalidade das propostas foi concebida para apresentação online, “as alternativas que os artistas tiveram para driblar a possibilidade de estar presencialmente com seu público”, explicou Pereira Júnior.

No total, são 13 propostas que serão apresentadas ao público, sendo que uma delas é uma oficina de mediação desenvolvida por um coletivo de críticos de artes cênicas. “Eles vão desenvolver capacitações para o público que queira compreender a arte, redigir críticas ou podcasts sobre essa produção”.

Outra proposta vai gerar um produto inédito que é uma plataforma de streaming para espetáculos de artes cênicas. As 11 propostas restantes são apresentações teatrais. Uma delas é uma webserie composta por cinco episódios, que serão desenvolvidos especialmente para o Palco Giratório. Os restantes dez espetáculos já foram apresentados para o público durante a pandemia e serão compartilhados dentro da programação do palco.

“Algumas peças têm limitação de público. A gente vai ter cerca de uma semana antes de cada atividade para a distribuição gratuita de ingressos pelo Sympla. Inclusive a participação nas oficinas é gratuita”, salientou. No total, serão 162 apresentações artísticas e 200 horas de ações formativas. A programação completa pode ser acessada no site do Sesc.

Leia Também:  Nasce, em Alagoas, o 1º filhote de peixe-boi em recinto de aclimatação

Regiões

As 13 propostas selecionadas são representativas de todas as regiões do país. “Porque a gente entende que ao mesmo tempo que a pandemia gerou essa dificuldade de a gente estar presencialmente, ela possibilitou a programação circular para as pessoas acessaram com mais facilidade os trabalhos dos diferentes cantos do país, que sempre foi uma característica do Palco Giratório: reunir trabalhos das diferentes regiões e levar para os públicos das diferentes regiões, que não têm uma agenda cultural regular”.

Vicente disse que, nesse caso, o projeto aproveita o espaço que a internet dá de promover esses encontros e o acesso aos trabalhos, independente de onde o espectador esteja, inclusive de fora do país.

O primeiro espetáculo que será iniciado no próximo dia 11 é o ‘(DES)MEMÓRIA’, de Yara de Novaes, de Minas Gerais. Vicente Pereira Júnior observou a particularidade da proposta que tem o formato de jogo. “O espectador interage diretamente com o espetáculo, como se ele estivesse jogando um videogame”.

Ele informou que, nessa primeira semana do Palco Giratório, não existe a preocupação de retirada de ingresso prévia. O jogo ficará hospedado no site do Teatro em Movimento até 31 de maio. Na semana seguinte, ao contrário, será necessária a retirada antecipada de ingresso.

Ainda em maio, será a vez de ‘ARQUEOLOGIAS DO FUTURO’, de Mauricio Lima, do Rio de Janeiro, exibido por meio da plataforma Zoom.

Museu dos Meninos

A peça performance realiza uma arqueologia afetiva sobre cinco artefatos recolhidos na pesquisa para a criação do Museu dos Meninos. Maurício Lima evoca a figura do ator MC que, através de alguns desenhos e grafismos, realiza um depoimento a partir de memórias vividas e inventadas da sua infância e adolescência no Complexo do Alemão, território de origem do artista. O limite é de 100 pessoas por sessão na sala do Zoom.

Leia Também:  Resultado final do Concurso Unificado será divulgado em 21 de novembro

Pereira Júnior destacou que haverá limitação também para outro espetáculo, de característica infantil, oriundo de Santa Catarina, que vai se apresentar em outubro, mês das crianças, e que promove a interação com os espectadores. “Porque existe um trabalho qualificado com o espectador. Os artistas vão interagir com as famílias, com as crianças e os acompanhantes que estão acessando o espetáculo junto com elas. Esse é o único espetáculo que tem uma limitação um pouco mais rigorosa”, informou.

A 24ª edição do Palco Giratório começa em maio e vai até final de novembro deste ano. Alguns trabalhos vão ficar disponíveis para acesso do público até o final de dezembro. Os trabalhos envolvem dança, circo, teatro e games (jogos). Alguns deles reúnem várias manifestações artísticas, como a plataforma de streaming PAN-PLAY, do Amazonas, contribuindo com a visibilidade de manifestações artísticas da região norte brasileira.

Etapas

O projeto será realizado em quatro etapas, entre maio e novembro. Em cada uma, três trabalhos serão apresentados. Esta edição do Palco Giratório contará com trabalhos cênicos diferenciados, como ‘JUNTOS E SEPARADOS’, da Anti Status Quo Companhia de Dança, do Distrito Federal, que é uma performance em videoconferência ao vivo. Já em ‘TUDO QUE COUBE NUMA VHS’, do Grupo Magiluth, de Pernambuco, a dramaturgia percorre múltiplas plataformas digitais e compõe para cada espectador uma experiência estética particular, na qual também ele opera como agente de construção. Ao longo do ano, será mobilizado um conjunto de cerca de 103 coletivos artísticos de todo o país.

Fonte: EBC Geral

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

BRASIL

Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

Publicados

em

A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

Leia Também:  Baía de Guanabara tem neste sábado um dia de limpeza

“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

Leia Também:  Maria Bernadete: polícia não descarta relação com homicídio do filho

Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA