BRASIL
Pacotão mantém fama de bloco mais politizado de Brasília
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Os anos passam, os governos mudam e, em todo fevereiro, é a mesma história: o Pacotão – bloco carnavalesco mais politizado de Brasília – apresenta, com muito humor, suas críticas a tudo e a nada.
Neste ano, em meio a um otimismo maior com a política do país, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, o tom crítico foi um pouco diferente das edições anteriores, que tinham, em governos menos populares ou mesmo na ditadura militar, ambiente fértil para a criatividade dos foliões.
A fama de bloco politizado ultrapassa as divisas do Distrito Federal, chegando, inclusive, a um dos pontos mais longínquos do país: a Amapá – terra do padeiro e fotógrafo André Ribeiro, 28. Vivendo há dois anos em Brasília, Ribeiro testemunhava, pela primeira vez, a “tão falada irreverência do Pacotão”.
Carnaval é democracia
“A liberdade de expressão é a essência tanto do carnaval como da democracia. Neles, todos podem se manifestar. O pacotão é para todos e respeita todos os públicos porque é democrático e a favor do debate. É um ambiente livre”, disse o folião.
Segundo Ribeiro, o carnaval de 2023 “carrega uma alegria represada após dois anos de pandemia e quatro anos de um governo que repreendeu muito esse tipo de liberdade”.
“A diferença é que, agora, estamos otimistas pelo momento importante, de volta da esperança e da democracia para o país. Nossa felicidade estava represada. A gente realmente precisava voltar a sentir isso. Mais do que bebida e confraternização, esse carnaval representa um respiro”, acrescentou.
Vilões da história
Entre as fantasias mais engraçadas, estava a do inusitado casal Dick Vigarista e Penélope Charmosa, personagens do desenho animado A Corrida Maluca. Por trás do vilão da história estava o servidor público Bruno Correa, 52.
“Todo ano, o critério que uso para a escolha da fantasia é a criatividade. No último Pacotão eu vim fantasiado de trator do Cid Gomes”, disse Correa referindo-se ao caso em que o senador subiu em uma retroescavadeira para enfrentar policiais militares em greve no Ceará, em fevereiro de 2020.
“Gosto do Pacotão exatamente pela ironia e crítica inteligente aos vilões de nossa política. O Pacotão é simplesmente isso: é lúdico, filosófico e carnavalesco”, complementou.
Dinheiro e diversão
Vestido de homem Aranha e carregando um cartaz com a mensagem “Mary Jane [namorada do personagem] está grávida. Socorro!!!”, Pedro Amorim, 21, apelava, aos foliões, que comprassem, dele, uma garrafinha de água a R$ 2.
Funcionário de uma financeira, Amorim explicou que, sempre que pode, aproveita o carnaval para fazer o mesmo que faz ao longo do ano: trabalhar.
“A diferença é que, nos carnavais, aproveito a oportunidade de fazer dinheiro enquanto me divirto”, justificou.
A ideia da fantasia surgiu há alguns dias, quando a namorada disse estar passando mal. “Falei brincando que ela poderia estar grávida. Ao refletir sobre as dificuldades financeiras que uma gravidez acarretaria, surgiu a ideia da fantasia”.
Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Militar do Distrito Federal, no momento em que o bloco iniciou a caminhada pela via W3 havia pelo menos 8 mil foliões, e nenhum incidente havia sido registrado.
Edição: Claudia Felczak
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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