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Plantas bem cuidadas alimentam melhor e ajudam o clima, diz movimento
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As plantas sentem e retornam o bom trato, servindo-se na forma de alimento mais saudável. O cuidado com a terra e com a semente que nela é depositada também contribui para esse resultado, assim como, na hora do preparo, contribui para o sucesso de uma receita o “fazer com amor”. Esta é uma das mensagens passadas pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) durante o Diálogos Amazônicos.
Esta visão sobre os processos que culminam na boa alimentação das pessoas – e consequentemente na saúde delas – foi o que inspirou algumas das propostas apresentadas pelo MPA durante as plenárias do Diálogos Amazônico, evento que reuniu, em Belém (PA) representantes da sociedade civil, com o objetivo de formular sugestões de políticas públicas para os chefes de Estado que participarão da Cúpula da Amazônia, a partir da terça-feira (8).
Uma delas, segundo o coordenador do movimento, Augusto Nascimento, é a de políticas que favoreçam a produção agroecológica à base de sementes crioulas. “Elas são as sementes originárias que vieram de nossos ancestrais, sem alterações genéticas”, explicou à Agência Brasil o campesino.
Culturas milenares
Ele e seus pares defendem que “agroecologia seja lei”, com florestas produtivas. “Nosso movimento promove o resgate de culturas milenares, com nossas sementes crioulas. Mantemos também nossas galinhas caipira originais, cruzando-as, no máximo, entre elas”, acrescentou ao enfatizar que movimentos sociais como o dele têm atuado para fazer esse tipo de resgate.
“Se você faz com sua mão, tem mais amor. E a planta sente isso. Sabe que servirá de alimento, e servirá melhor ao organismo do que as plantas com o veneno dos agrotóxicos”, argumentou.
Ciclos
Essa sabedoria repassada por gerações para muitos dos pequenos agricultores da Amazônia tem por base o respeito deles aos ciclos que são rotineiramente percebidos na natureza.
“Nós respeitamos esses ciclos e sabemos que a ganância humana interfere neles, refletindo diretamente na saúde das pessoas, da natureza e do clima. Acrescentar substâncias agrotóxicas é interferência direta nisso. Não se pode implantar qualquer coisa sem o conhecimento específico de cada localidade. São as comunidades que sabem a problemática de cada território”, complementou.
Segundo Augusto Nascimento, é com essa certeza em mente que os campesinos estão sempre defendendo a floresta, as nascentes, a biodiversidade. “Sempre cuidamos dos rios que foram degradados”, disse, ao classificar o MPA como “um movimento de luta, resistência em defesa do agricultor, do jovem, do idoso, da biodiversidade e da floresta”.
“Os seres humanos são uma coisa só, independentemente de sexo, cor, raça, religião. Fomos feitos da terra e temos órgãos iguais. Somos parte de um todo. Portanto, se prejudicamos o todo; o outro, prejudicamos a nós mesmos. Se ajudarmos os outros, nos ajudaremos. É exatamente essa a nossa atividade”, complementou.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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