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Podcasts produzidos no Rio mostram importância da água

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Em alusão ao Dia Mundial da Água, comemorado nesta quarta-feira (22), o Comitê Guandu-RJ lançou o primeiro de uma série de cinco episódios de podcast (conteúdo em áudio), reunindo membros do colegiado e especialistas convidados para informar à população os valores da água e como ações coletivas e individuais ajudam na preservação dos rios e de toda a biodiversidade.

O Comitê Guandu-RJ, criado no dia 3 de abril de 2002 e sediado em Seropédica, na Baixada Fluminense, é um órgão colegiado vinculado ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERHI). O objetivo é promover a gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos na bacia hidrográfica, desenvolvendo estudos e programas ambientais . Ao comitê desenvolver estudos para melhoria da quantidade e qualidade das águas que abastecem a região metropolitana do Rio de Janeiro.

Os podcasts estarão disponíveis nas principais plataformas de áudios, canais de divulgação e redes sociais do comitê: soundcloud, spotify, deezer, google podcast e apple podcast.

O gerente institucional da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevasp) e responsável pela Comunicação do Comitê Guandu-RJ, Antonio de Souza Mendes, informou à Agência Brasil que os episódios tratam também do gerenciamento dos recursos hídricos, buscando a melhoria da qualidade e quantidade da água bruta, lembrando que as pessoas também podem participar desse sistema.

O primeiro episódio, O Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos no Estado do Rio de Janeiro – História e avanços tem como tema os avanços obtidos pelo estado a partir da cobrança pelo uso da água. Os quatro episódios restantes serão publicados até o dia 17 de abril, incluindo a data de aniversário de 21 anos do Comitê Guandu, no próximo dia 3. Outros temas trabalham perspectivas relacionas à infraestrutura verde, pegada hídrica, o Rio Guandu, perdas no abastecimento e o Sanear Guandu.

Pegada hídrica

O segundo podcast, programado para a próxima semana, mostra o conceito da água e pegada hídrica. Intitulado Quanto vale a água?, o episódio trata dos novos conceitos e novos métodos científicos, que mostram o uso da água.

A carne de frango, por exemplo, precisa de quase 15 mil litros de água por quilo para ser produzida. “As pessoas precisam ter ideia de como esse insumo é importante e é presente no nosso dia a dia, muito mais do que aquilo que sai das nossas torneiras e que está nos copos de água”, destacou o gerente.

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No capítulo sobre a infraestrutura verde, será mostrado como as florestas e os biomas são importantes, incluindo o Rio Guandu e sua importância na geração de energia e no abastecimento de quase 10 milhões de pessoas na região metropolitana do Rio.

A captação da Estação de Tratamento de Água do Rio Guandu (ETA Guandu) trata 43 mil litros de água por segundo e é a maior estação de tratamento de água do mundo, reconhecida pelo Guiness Book (Livro dos Recordes) em 2014, segundo informou Antonio Mendes.

A série de episódios alerta sobre os riscos que as mudanças climáticas podem trazer à água. O objetivo principal do podcast é “conscientizar as pessoas sobre a importância que a água tem para a nossa vida, para o setor produtivo, e a importância de nós cuidarmos desse bem”.

São abordadas questões que contribuem para isso, desde o descarte correto do lixo, necessidade de tratamento de esgoto, incluindo todas as práticas sustentáveis que vão levar a população a preservar os rios e a água existente. Mendes lembrou que apesar de o Brasil ser um país privilegiado no mundo, em termos de água doce, a água é um recurso finito e limitado.

“Esse é o principal objetivo do podcast: a gente tem água, sim, mas se não cuidar, vai acabar não tendo mais. Os rios vão perder as condições de potabilidade e a gente vai ter um problema muito sério”, advertiu.

Água nas torneiras

O início dos trabalhos da concessionária Águas do Rio, após a privatização dos serviços da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), levou a 62 mil fluminenses a ter água nas torneiras pela primeira vez, a partir da implantação de mais de 100 quilômetros (km) de redes implantadas nas cidades de Duque de Caxias, São João de Meriti, Magé, Belford Roxo, Nova Iguaçu, Nilópolis, Mesquita, Japeri e Queimados, na Baixada Fluminense.

Marisa Helena, moradora de Vila Meriti, em Duque de Caxias, foi uma dessas pessoas. Ela disse que, há 12 anos, precisava pedir ajuda dos vizinhos para ter um pouco de água em casa. “Hoje eu tenho água, o básico para qualquer ser humano. Isso é uma benção, eu estou muito feliz e realizada”, disse a moradora.

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O diretor-superintendente da Águas do Rio, Luiz Fabbriani, afirmou que o Dia Mundial da Água, celebrado nesta quarta-feira (22), é uma oportunidade de comemorar a transformação da realidade dos fluminenses.

Segundo o relato, o maior objetivo da companhia é promover os serviços de modo a transformar a realidade das pessoas em algo melhor, “com água tratada nas torneiras e sorriso no rosto de satisfação. É isso que nos move a querer ir além e fazer um trabalho cada vez melhor.”

Monitoramento

Na Rio+Saneamento, concessionária responsável pelo saneamento básico de 18 municípios fluminenses, incluindo 24 bairros da zona oeste da capital, as equipes do setor de qualidade trabalham diariamente para garantir que a água chegue incolor, sem gosto e sem cheiro às torneiras das casas, atendendo aos padrões determinados pelo Ministério da Saúde.

As estações de tratamento (ETAs), contam com laboratórios operacionais que verificam as condições da água que é distribuída. O relatório de qualidade da água é publicado mensalmente no site da concessionária e também divulgado na conta dos clientes. Desde que começou a operação, em agosto do ano passado, já foram realizadas mais de 700 mil análises nos laboratórios da concessionária.

De acordo com o presidente da Rio+Saneamento, Leonardo Righetto, o Dia Mundial da Água é uma oportunidade para ratificar o compromisso firmado com os clientes. Para ele, cuidar da água significa cuidar do meio ambiente e da saúde das pessoas.

Em sete meses de operação, o laboratório móvel da Rio+Saneamento realizou cerca de 56 mil análises de amostras de água coletadas. A concessionária trabalha também com educação para o uso racional da água, promovendo palestras sobre consciência ambiental e a importância do saneamento básico em escolas e comunidades.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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