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Prefeitura de São Paulo cancela Esquenta Carnaval 2022
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A prefeitura de São Paulo anunciou ontem (7) o cancelamento do Esquenta Carnaval 2022, marcado para 16 e 17 de julho, por falta de patrocínio. A festa tinha sido planejada após diversas reuniões com representantes de blocos carnavalescos que pediram para fazer o evento fora de época, devido ao cancelamento por causa da pandemia de covid-19.
Segundo a prefeitura, todo o planejamento feito para a ocorrência em julho tinha como objetivo chegar a um modelo viável, em curto espaço de tempo. Para obter patrocínio, a prefeitura lançou um edital, com pregão realizado em 17 de junho e lance mínimo de R$ 10 milhões, para atender aos 300 blocos que manifestaram interesse em participar. Ontem (7), foi realizado um novo pregão no valor de R$ 6 milhões para readequar a proposta ao número de 216 blocos habilitados.
“Entretanto, em nenhuma das ocasiões, houve interesse de empresas privadas no financiamento do evento. A Secretaria Municipal de Cultura será a organizadora do Carnaval 2023 e formará uma comissão representativa com os blocos de rua para que, no próximo ano, o evento seja o maior e melhor carnaval de rua da história”, diz a nota da prefeitura.
Grupo Ocupa Carnaval de Rua
Por meio de nota, o grupo Ocupa Carnaval de Rua – SP, mostrou descontentamento com a decisão e solicitou que a prefeitura forme a comissão de carnaval com membros de blocos e coletivos para iniciar imediatamente o planejamento do Carnaval 2023. O grupo classificou a decisão como uma expressão do “repúdio aos artistas populares que se dedicam ao Carnaval de Rua” e disse ter sabido da decisão por meio da imprensa.
“A prefeitura tomou nosso tempo com reuniões, a secretária afirmou que caso não houvesse investimento privado a prefeitura arcaria com o custo do evento, no entanto, mais uma vez somos deixados a deriva, sendo informados via mídia”, diz a nota publicada nas redes sociais do Ocupa Carnaval de Rua – SP.
O fundador e coordenador do Fórum de Blocos São Paulo, Zé Cury, disse que espera a comunicação oficial da prefeitura sobre o cancelamento para se pronunciar.
Edição: Maria Claudia
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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