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Prefeitura do Rio apresenta nova bilhetagem dos ônibus, BRT e VLT
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Um novo sistema de bilhetagem nos transportes públicos municipais vai começar a ser implementado no Rio de Janeiro na quarta-feira (19). O prefeito do Rio, Eduardo Paes, a secretária de Transportes, Maína Celidonio, e a diretora-presidente da MOBI-RIO, Claudia Seccin, apresentaram nesta terça-feira (18) o sistema, chamado de Jaé, que terá uma implementação gradual até fevereiro do ano que vem. Nesta etapa inicial, o serviço poderá ser usado apenas no BRT.
O novo sistema vai permitir à prefeitura ajustes da rede de transporte com a ajuda de dados confiáveis. Segundo Paes, o objetivo é oferecer maior transparência sobre informações como receita e número de passageiros.
“É um sistema terceirizado com controle do poder concedente, que é a prefeitura. Os dados são atualizados em tempo real. A prefeitura sabe a receita do sistema e quanto arrecadou. A gente sabe quantos passageiros estão usando cada linha, podendo ajustar a demanda”, afirmou Eduardo Paes. Ele destacou que as informações do sistema serão disponibilizadas pela prefeitura do Rio para a população e a imprensa.
O sistema será implementado apenas nos modais municipais: ônibus, VLT, BRT e veículos de transporte alternativo. Já o trem, o metrô e as barcas são modais estaduais. O poder público municipal informou que tem conversado com o governo do estado do Rio de Janeiro sobre uma forma de integração.
“É o fim da caixa-preta dos transportes! A cidade do Rio avança numa agenda pioneira no Brasil. Com o cartão Jaé, o controle financeiro sai das empresas e fica com a prefeitura. Transparência, planejamento e priorização pro seu transporte melhorar. Começa a funcionar amanhã nos BRTs, em novembro nos demais modais municipais e em fevereiro de 24 o RioCard não será mais aceito”, escreveu Paes no Twitter.
Transição
A transição para o novo sistema será feita em três fases, até o próximo ano, afirmou a secretária Maína Celidonio.
“É um novo sistema de bilhetagem digital, que vai funcionar em todos os modais de transporte coletivo municipais como BRT, VLT, os ônibus municipais, vans e cabritinhos [veículos de transporte que sobem morros do Rio]”, disse Maína Celidonio.
A implantação do sistema começa nesta quarta (19), com o início da operação assistida no BRT. A partir de novembro, tem início a segunda fase de implantação novo sistema, que inclui o começo da operação em todos os modais do transporte público municipal.
A transição entre o sistema atual e o Jaé também será feita ao longo dessas três fases. Na 1 e na 2, o Riocard municipal continuará sendo aceito. A partir de 1º de fevereiro do ano que vem, o sistema passa a funcionar plenamente pelo Jaé, e o sistema atual não será mais aceito.
Neste período, quem fizer a integração entre os modais municipais e do governo do Rio de Janeiro poderá continuar a usar o Riocard. O uso do novo cartão ainda não será obrigatório nos transportes municipais.
Na Fase 3, em fevereiro de 2024, será obrigatório o uso do novo cartão no sistema de transportes da prefeitura do Rio. Quem usar os modais municipais e estaduais terá que, obrigatoriamente, portar dois cartões: o Jaé e o Riocard.
Compra, recarga e utilização
Os novos cartões do Jaé poderão ser adquiridos em máquinas de autoatendimento (ATM), que já estão instaladas em estações e terminais do BRT. Eles serão atribuídos a cada conta digital com o objetivo de que o saldo remanescente não se perca.
Além das ATMs nas estações e terminais, já existem sete postos de atendimento da Jaé espalhados pela cidade neste primeiro momento: Centro Administrativo São Sebastião (sede da prefeitura), na Cidade Nova; Sede da Rioluz, em Botafogo; Terminal Paulo da Portela, em Madureira; Terminal Jardim Oceânico e Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca; Rua Aurélio Figueiredo, 41 Loja D, em Campo Grande; e Terminal Santa Cruz.
Ao menos mais cinco postos de atendimento serão criados até a implantação completa do novo sistema: Terminal Intermodal Gentileza; Terminal Fundão Aroldo Melodia; Terminal Taquara; Terminal Sulacap; e Terminal Mato Alto.
As recargas podem ser feitas em máquinas com dinheiro, Pix ou cartão de crédito e débito. Elas também podem ser realizadas por meio do site ou aplicativo do sistema. Também será possível pagar com o celular, por meio de QR Code ou aproximação (NFC).
“É uma forma simples de não precisar ter um cartão físico e, através do aplicativo, solicitar, bloquear ou pedir uma segunda via do cartão, que será entregue na sua casa”, afirmou a secretária de Transportes.
Todas as estações do BRT terão máquinas de autoatendimento, exceto Alim Pedro, Vila Militar, Gal. Olímpio, Santa Eugênia e Santa Veridiana. Estas passarão a ter máquinas a partir de outubro.
Gratuidade
Os passageiros com direito à gratuidade poderão fazer o cadastro no Jaé e retirar o cartão nas lojas do novo sistema. Segundo a prefeitura, será divulgado um calendário para a realização do cadastro, alinhado com as secretarias de Transporte, Saúde e Educação.
Têm direito à gratuidade: idosos (mais de 65 anos), pessoas com deficiência, pacientes com doenças crônicas em tratamento, estudantes da rede pública de ensino e universitários beneficiados por programas do governo federal ou com renda familiar de até um salário mínimo.
O prefeito orientou a população a se cadastrar no novo sistema e se preparar para a transição já nas primeiras etapas de implementação. “Quem puder já fazer não deixe para a última hora. Faz a troca para o Jaé, que passa a ser o sistema oficial da prefeitura do Rio”, disse Eduardo Paes.
*Estagiário sob supervisão de Vinícius Lisboa
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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