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Prefeitura do Rio faz ação para demolir prédio na Muzema
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Uma operação para demolir um prédio construído irregularmente sem autorização da Prefeitura do Rio, na região da Muzema, zona oeste da cidade, está sendo realizada hoje (19). Participam equipes da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado para Enfrentamento à Ocupação Irregular do Solo Urbano, do Ministério Público do Estado (MPRJ), com auxílio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência e da Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio.

Segundo o MPRJ, a construção do imóvel está ao lado do local onde, em 2019, ocorreu o desabamento de dois prédios irregulares matando 24 pessoas.
Características
Um laudo da Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização Urbanística 4.1 da Barra da Tijuca indicou que o prédio é do tipo residencial multifamiliar com três pavimentos, informou o Ministério Público.
Entre eles, dois pavimentos, em declive, já estão com as obras concluídas. “O relatório informa que a área de construção está situada em encosta e possui acentuada declividade (área de média a alta suscetibilidade geológica), não havendo obras de contenção e não sendo possível garantir sua segurança e conservação”, apontou o MPRJ.
A Força-Tarefa para enfrentamento à ocupação irregular do solo urbano foi criada em outubro de 2021 para auxiliar promotores de Justiça no combate ao crime no solo da capital e aos ilícitos relacionados nas áreas criminal e de meio ambiente, em especial, nas regiões de planejamento que abrangem bairros das zonas oeste e norte do Rio.
Preço
Segundo a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), o valor do imóvel, em área sob forte influência do crime organizado, foi estimado pelos engenheiros da prefeitura em R$ 3 milhões, incluindo os investimentos na obra e quanto valeria a venda dos seis apartamentos de 70 m², em média. Além da construção irregular foi encontrada no local uma ligação clandestina de água.
O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, disse que a operação realizada hoje é fundamental no combate às construções irregulares no Rio e que, desde o início de 2021, houve 970 demolições em ocupações irregulares do espaço público.
Ele destacou que as ações atacam, especialmente, áreas que sofrem a influência do crime organizado, como é o caso de Rio das Pedras e Muzema, na zona oeste, que sofrem influência da milícia, mas também em áreas sob influência do tráfico de drogas, como a comunidade da Maré, na zona norte.
Para o secretário, as demolições atacam, ainda, o lado financeiro do crime organizado. “A gente asfixia financeiramente o crime organizado, tendo em vista que as construções irregulares servem como mote, esse é um grande mote de lavagem de dinheiro para esses criminosos”, completou.
Segundo a Seop, o imóvel foi construído em uma encosta de área de alto risco geológico, sem obras de contenção e sem licença para a execução. Os responsáveis foram notificados previamente. “A região da Muzema está sob monitoramento permanente da fiscalização da prefeitura e há para o local mais de 60 processos em andamento”, indicou.
Também participaram da operação, equipes da Secretaria de Conservação, Guarda Municipal, Comlurb, Rio Luz, Light, Iguá e Polícia Militar.
* Matéria alterada às 11h05 para acréscimo de informações e troca do título
Edição: Kleber Sampaio
Fonte: EBC Geral
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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