BRASIL
PRF lança cinco ações de combate a organizações criminosas no Brasil
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Em cerimônia na manhã de hoje (22), em Brasília, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) lançou cinco novas operações, além de anunciar novos sistemas que vão aprimorar o trabalho dos policiais e a implementação de colégios cívicos em todo o Brasil.
Entre as ações anunciadas está a Égide 2022, que combate as organizações criminosas nas rotas que conectam o Rio de Janeiro aos demais Estados do Brasil; a Operação Planalto, com ações de policiamento especializado nos acessos da capital federal; a Nordeste Seguro, com ações especializadas de combate ao crime desde o sertão ao litoral do Nordeste, a Operação Rota Brasil, com ações simultâneas de segurança viária e combate ao crime em todas as unidades da PRF; e a Rotas da Amazônia, de combate aos crimes ambientais e transfronteiriços na região amazônica.
Durante o evento, também foi assinado um termo de implementação de colégios cívicos em parceria com a PRF em todo o Brasil. Foi apresentada a experiência bem sucedida de Palmas, Tocantins, onde o colégio já existe há quatro anos e é um exemplo que será seguido nos outros estados do Brasil.
Ainda foram anunciados diversos sistemas, como o Vida PRF, programa voltado para a saúde mental dos policiais; o Patrulha PRF, de gestão de aeronaves; o CAD Mobile, de controle, recebimento, despacho e atendimento de ocorrências; o SIAGP, que é uma base única de gestão de pessoas; o sistema Frequência, um registro de frequência informatizado, com georreferenciamento dos registros e cadastro de afastamentos; e ainda o BOP Multiagência, de registro de boletins de ocorrências policiais compartilhados com outros órgãos.
O Secretário executivo do Ministro de Justiça e Segurança Pública (MJSP), Brigadeiro Antônio Ramirez Lorenzo, anunciou a entrega oficial das viaturas blindadas para a Polícia Rodoviária Federal. Também foi divulgado o Anuário 2021 da PRF, com os registros de acidentes, fiscalização e criminalidade em todo o Brasil no ano passado.
O diretor-geral da PRF, inspetor Sidinei Vasques, falou sobre a importância dos anúncios de hoje, ressaltando a aquisição de equipamentos de proteção individual, uniformes e das melhores condições de trabalho para os policiais. Foram entregues pelo Brigadeiro Lorenzo 85.317 EPI’s, representando um investimento de R$ 22 milhões. Vasques falou sobre a importância das operações que, como a Égide, avança para todo o Brasil, com novas rotas de combate ao crime organizado, tráfico de drogas e crimes ambientais.
Edição: Valéria Aguiar


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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