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PRF nega que policiais tenham agido em apoio a manifestantes em SP

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O superintendente da Polícia Rodoviária Federal em São Paulo (PRF-SP), Fernando Miranda, negou hoje (1º) que policiais sob sua supervisão tenham agido em apoio a manifestantes apoiadores do presidente da República Jair Bolsonaro que, desde as eleições presidenciais de domingo (30), protestam em rodovias de todo o país. Segundo ele, o vídeo que tem circulado em redes sociais e que mostram policiais rodoviários cortando um alambrado próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), na Rodovia Helio Smidt, não demonstra o que de fato ocorreu na situação.

“Tem um vídeo que foi muito divulgado, de um policial da PRF cortando uma telinha. Aquela tela, aquele alambrado pequenininho que aparece no vídeo é um que fica entre as duas pistas da [Rodovia] Hélio Smith. A pista leste e oeste [da rodovia] tem um gramado, um colega precisou cortar aquele alambrado para que a viatura que fosse apagar o incêndio pudesse passar, isso, porque a pista do lado leste estava totalmente interditada”, disse Miranda, em entrevista a jornalistas concedida na sede do órgão em São Paulo, no início da tarde de hoje.

“O pessoal do movimento pegou aquele momento em que o policial estava cortando o alambrado para a passagem e retorno da viatura e falou que a Polícia Rodoviária Federal estava apoiando o movimento. Não é verdade que a Polícia Federal esteja ao lado do movimento para colaborar com qualquer tipo de movimento que seja contra o que está na Constituição”, continuou.

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Segundo Miranda, a PRF não tem, até o momento, constatado a participação ou apoio de policiais em relação às manifestações. Caso isso ocorra, disse ele, o policial será investigado.

Também em entrevista, o inspetor da PRF Alfredo Martinelli disse que havia, até por volta das 14h de hoje, dez pontos de bloqueios ou interdições parciais ou totais em rodovias federais do estado de São Paulo. Três deles eram parciais ou totais: dois deles na BR-116 e outro na Regis Bittencourt, próximo da região de Embu das Artes. Este último, segundo ele, era considerado o mais crítico por ser também uma via de ligação com o Rodoanel.

Nesta terça-feira, a Polícia Rodoviária Federal em São Paulo conseguiu desobstruir ou impedir sete bloqueios em rodovias federais do estado. Desde ontem (31), foram 30 desmobilizações de ações nas rodovias. Segundo Miranda, impedir esses bloqueios não é fácil. Primeiro porque os manifestantes têm experiência: já participaram de outras greves. Segundo porque esses bloqueios são constantes e estão sempre mudando de local. Quando se impede um, outro logo surge. 

Outra dificuldade relatada por ele é pelo fato de serem utilizados caminhões, o que exige ainda mais das forças policiais porque não se consegue detê-los, por exemplo, utilizando gás de pimenta. “Quando há só pessoas [se manifestando], o controle do distúrbio com gás ou gás de pimenta acaba resolvendo a situação. Com caminhões, que estão parados ou estacionados na rodovia, não se consegue jogar gás de pimenta ou bomba de gás lacrimogêneo. E, da mesma forma que temos expertise em lidar com greves, muitos desses grevistas são pessoas que reiteradas vezes estão participando de greves. Eles não são amadores”, falou Miranda.

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Desde domingo, quando os atos tiveram início, já foram aplicadas 52 multas em São Paulo que variam de R$ 5,8 mil [para quem está obstruindo a via] a R$ 17 mil [para o mobilizador da ação ou para quem apresentar resistência]. Do total de multas aplicadas, em 20 delas o valor da multa somou R$ 17 mil. Duas pessoas foram detidas por desobediência: uma na Rodovia Helio Smidt, em Guarulhos, e outra em São José do Rio Preto, no interior paulista. Até agora, não foram aplicadas multas de R$ 100 mil, conforme previsto em determinação do ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Para conter os bloqueios, a força policial rodoviária federal foi ampliada, com retirada de folgas e férias. “Estamos aumentando o número de policiais nas rodovias”, disse Miranda.

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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