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Programação especial no Museu da Língua Portuguesa celebra o idioma

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Desde 2019, o dia 5 de maio foi oficialmente estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como a data que celebra mundialmente a língua portuguesa, e para comemorar a ocasião o Museu da Língua Portuguesa preparou uma programação especial e gratuita nos dias 5 e 6 de maio, para destacar a potência e a diversidade de nosso idioma e da música brasileira.

A data foi oficialmente estabelecida em 2009 pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), uma organização intergovernamental que reúne os povos que têm a língua portuguesa como um dos fundamentos da sua identidade específica e é parceira oficial da Unesco desde 2000, para celebrar a língua portuguesa e as culturas lusófonas.

De acordo com historiador e músico Cacá Machado, curador da programação do Dia Internacional da Língua Portuguesa do museu, a programação foi pensada a partir de dois núcleos temáticos poéticos. O primeiro, chamado de Cio da Terra e o segundo, Máquina de Ritmo. A partir daí o curador criou três camadas de programação: os pocket shows, as rodas de conversa e as performances.

“O primeiro eixo tem o título de uma canção do Chico Buarque que teve enorme sucesso e falava justamente da terra germinando a canção. Eu identifico aí a tradição lírica brasileira, que é muito forte. O segundo eixo temático é o título de uma canção do Gilberto Gil e diz muito a respeito sobre essa nossa capacidade de transformar tudo em ritmo, importar, exportar, recriar, remixar experiência através de uma dicção rítmica que sempre é muito singular e própria”, explicou Machado.

De acordo com Machado, a língua portuguesa é falada em muitos países e continentes, como a América, Ásia e a África, por isso ele disse acreditar que a existência de uma data de celebração do idioma é a afirmação dessa diversidade de experiências que a língua portuguesa traz. “Isso é de máxima importância e o dia 5 de maio é algo que a gente tem que valorizar muito para pensar em uma língua contemporânea, falada hoje e em constate mutação, transformação, que é onde reside a beleza da língua portuguesa, que se adapta em diferentes contextos”, destacou o curador.

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Segundo a Unesco, a língua portuguesa é não só uma das línguas mais difundidas no mundo, com mais de 265 milhões de falantes espalhados por todos os continentes, como é também a língua mais falada no hemisfério sul. O português continua a ser, hoje, uma das principais línguas de comunicação internacional, e uma língua com uma forte extensão geográfica, destinada a aumentar.

“Os dias consagrados às línguas faladas em todo o mundo celebram anualmente o multilinguismo e a diversidade cultural, e constituem uma oportunidade para sensibilizar a comunidade internacional para a história, a cultura e a utilização de cada uma destas línguas. O multilinguismo, um valor central das Nações Unidas e uma área de importância estratégica para a Unesco, é um fator essencial para uma comunicação harmoniosa entre os povos, promovendo a unidade na diversidade, a compreensão internacional, a tolerância e o diálogo”, diz a Unesco.

Programação

No dia 5 de maio, às 11h, a performance Antes do Tempo Existir, no Pátio A e na Rua da Língua, com Denilson Baniwa, Lilly Baniwa e Andreia Duarte, fala sobre cantos e contos dos povos originários. Às 13h, o show Samba da Vela, no Saguão Central da Estação da Luz, traz o tradicional Samba da Vela que toca até a vela se apagar.

Às 16h, a conversa de botequim Língua Negra Lusoafrobrasileira, no auditório e pelo YouTube do Museu da Língua Portuguesa, com libras, debate a influência da língua africana no português e lusofonia, com o sociólogo Mário Medeiros, a professora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa Rita Chaves e o escritor e professor angolano Ondjaki, participando remotamente desse bate-papo. Em seguida, às 17h, o Show Caipira, com a cantora Suzana Salles e o tenor Lenine Santos convidam o multi-instrumentista Webster Santos para uma releitura de clássicos da música caipira, no Pátio B.

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Já às 19h, o cantor Chico César faz um show com voz e violão no Auditório e na Praça da Língua.  A entrada ao Museu da Língua Portuguesa não garante acesso ao show do cantor, e para essa atividade é preciso retirar ingressos a partir das 17h, no dia 5. Serão distribuídos dois ingressos por pessoa e o evento está sujeito a lotação. Mesmo quem estiver dentro do museu deve retirar os ingressos.  

No dia 6, as festividades começam às 11h, com a performance Já passou de português, no Saguão Central da Estação da Luz, onde a atriz Luah Guimarães, a percussionista Victória dos Santos, o diretor Vadim Nikitin e o compositor Cacá Machado reúnem literatura e canções da língua. Às 13h se apresentam Meno del Picchia, MC Lanzinho, MC Tizzi e Batata Boy, com o show Fluxo do Funk, no Saguão Central da Estação da Luz.

Às 15h, a conversa de botequim com o tema Do Nordeste brasileiro, traz a música nordestina em conversa com Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado, e os cantadores de embolada Antônio Caju e Rouxinol Pereira participam do encontro, que terá mediação do compositor e produtor musical Caçapa, no Pátio B e no YouTube, com libras. Os mesmos artistas se apresentam às 16h, com o show Do Nordeste brasileiro, no Pátio B. Para finalizar, o Papo da Quebrada, uma aula-show com Xis e KL Jay fala sobre rap, no Pátio B e no YouTube, com libras.

Nos dois dias será exibido em looping (sem parar) das 9h às 18h o documentário Nelson Cavaquinho, de Leon Hirszman, no miniauditório.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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