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Programação infantil movimenta a Flip em Paraty
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O segundo dia da 20ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), no sul fluminense, reservou espaço para programação infantil. A 20ª Flipinha, que tem agenda para as crianças, as famílias e os educadores, atraiu muita gente na abertura e o evento ficou lotado. Todas as atividades da Flipinha terão tradução e interpretação em Libras.

A programação começou com o Sarau das Artes: O incrível universo da literatura infantil, na Central Flipinha, na Praça da Matriz. Quem estava lá pôde acompanhar a contação de histórias com audiodescrição, que é a descrição das ilustrações para pessoas e crianças com deficiência visual. Houve ainda a apresentação de autores clássicos da literatura brasileira e de canções analisadas em conversas com o público.
A partir do livro Machado de Assis Menino, as crianças puderam comentar sobre ritmo, dançar, cantar e discutir a importância e o poder da leitura. O público ouviu também e interpretou um livro da paratiense Eliza, lido com audiodescrição. No fim, o evento incentivou a participação espontânea do público com o palco aberto.
Coletivos de leitura
Hoje (24), a Flip começou uma ação conjunta com coletivos de leitura de todo o país. A obra de Maria Firmina dos Reis, autora homenageada em 2022, foi mostrada em vídeos no Auditório da Praça.
Na primeira das sessões diárias, o destaque ficou com o coletivo Corpos Indóceis e Mentes Livres, grupo de leitura da Biblioteca Comunitária do Presídio Feminino de Salvador, composto por mulheres encarceradas. A intenção é mostrar um projeto que se apresenta como uma ação abolicionista de desencarceramento, possibilitando remição de pena por trabalho.
As leituras seguiram com os coletivos da Academia Inclusiva Brasiliense; Biblioteca Municipal Professor Josino Bretas; Cachoeira das Letras; além do Clube de Leitura Preta no Quilombo e o Clube de Leitura Ossos de Pássaro.
Entre as obras de Maria Firmina apresentadas ao público nas leituras estavam trechos de poemas Seu nome; Ah! Não posso; Uns olhos; O Proscrito; Esqueça-a; Confissão; Ela!; Vai-Te; O Pedido e Amor. Foram apresentados ainda os textos Resumo da minha vida; O que é a vida; além de trechos do romance Úrsula, considerada a obra de maior importância da escritora maranhense.
Outras atrações
O Sesc tem uma extensa programação na Flip incluindo várias atrações para crianças. No sábado (26), haverá a performance PLAYGROUNDS Por Todo Lado!, do grupo Artefactos Bascos, às 10h, no Sesc Caborê. “O espetáculo é uma aventura que convida um grupo de “exploradores” a se deslocar pelo espaço e olhar ao redor como se colocássemos óculos que ativam a imaginação ou como se enxergássemos através de uma moldura”, indica a programação.
No mesmo dia, o Vraaa!!! será um convite para participação em uma brincadeira com uma criatura gigante de 10 metros de comprimento deitada no meio da rua. Dentro dela sairão objetos considerados esquisitos, que podem servir para as pessoas se vestirem. A performance permitirá brincar de ser outra pessoa ou uma coisa.
No domingo (27), às 10h30, o público vai poder se divertir com a apresentação musical Jazz, Bebê!, com Gabriel Barbosa, Marcela Coelho, Marcos Luz e Henrique Vaz. A ideia é fazer um encontro de amigos músicos, pais e tios fascinados pelo jazz e pela influência positiva que a experiência musical pode ter para as crianças. As músicas e os arranjos foram escolhidos para despertar a atenção das crianças com sons familiares misturados a clássicos do Jazz e da MPB.
Cafés literários
O público que for ao Sesc Santa Rita, Centro Histórico de Paraty, vai poder participar de encontros com autores nos Cafés Literários. Entre os convidados deste ano estão Itamar Vieira Junior, autor de Torto Arado, vencedor do Prêmio Jabuti. Junto com o poeta Marcelo Labes, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura com o romance Paraízo-Paraguay, o escritor conversará sobre o tema Quantos brasis existem num Brasil?.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte: EBC Geral
BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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