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Projeto Ilhas do Rio lança manifesto pela conservação dos oceanos

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Entrou no ar nesta terça-feira (8) o vídeo Um Manifesto pelo Oceano, em defesa dos oceanos e mares. Inédito, o vídeo será transmitido pelo canal do do Projeto Ilhas do Rio no YouTube e, posteriormente, veiculado nas mídias sociais.

Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador geral do Ilhas do Rio, Clerio Aguiar, disse que o objetivo do projeto é “dar voz ao oceano, que está lá, com todas as suas belezas naturais, mas sofrendo um impacto tremendo da poluição”.

Participam da campanha os Embaixadores do Oceano Ilhas do Rio, que vão levar mensagens de alerta e de esperança sobre o futuro desses mares. Entre os embaixadores, estão a empreendedora carioca Olivia Rabacov; o modelo Alex Trevelin; a medalhista olímpica de vôlei de praia Ágatha Rippel; o jornalista Clayton Conservani; o campeão mundial de surf adaptado e o idealizador do projeto Adaptsurf para deficientes, Henrique Saraiva.

Aguiar, que também preside a organização não governamental (ONG) Instituto Mar Adentro, informou que, no vídeo, as pessoas levantam cartazes representando o oceano e apelam à população para que cuide melhor dele. “Que não suje, não polua, que o preserve e conserve o máximo que puder, porque o impacto é muito grande.”

A campanha critica hábitos de consumo e de vida da sociedade, que têm gerado muito desequilíbrio para a vida na Terra, sem perder, porém, a esperança de um mundo melhor. A ideia é não só mobilizar, mas conscientizar a sociedade a não poluir os oceanos.

Ilhas de plástico

Aguiar destacou as cinco ilhas, ou vórtices, onde as correntes concentram os detritos que acabam no oceano. “Boa parte do lixo plástico vai para esses lugares”. A maior das ilhas supera em tamanho o estado norte-americano do Texas e fica no Oceano Pacífico. “Só isso já dá para ver a dimensão do impacto.”

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Ele explicou que, diferentemente do que ocorre com as florestas, onde a destruição é fácil de ser detectada, no oceano é praticamente impossível identificar claramente os danos causados. Segundo Aguiar, as ilhas de plástico “são termômetros para que se tenha certeza de que algo tem de ser feito”. A campanha tentará despertar a população para a necessidade de manter o oceano vivo. “É como se fosse o oceano dizendo: ‘cuidem de mim’.”

Com o Projeto Ilhas do Rio, o Instituto Mar Adentro visa à conscientização ambiental. Aguiar disse que não se conseguirá limpar todas as praias do mundo, mas afirmou que é preciso conscientizar as pessoas a não sujar. “Praia mais limpa é aquela que menos se suja. Não é aquela onde se cata mais lixo”. Não se deve sujar, nem jogar lixo na praia ou na rua porque, quando chove, o lixo é levado para o mar, acrescentou.

Aguiar destacou que o vilão não é só o plástico que acaba indo para os oceanos, mas também o microplástico (pequenas partículas de plástico) contido em muitas embalagens de alimentos e bebidas. Ele chamou a atenção para o fato de os peixes se alimentarem dos microplásticos presentes no oceano e serem, posteriormente, comidos pelo ser humano. “Então, [o homem] está comendo plástico também. É uma cadeia de poluição que a gente não enxerga”.

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Outras consequências negativas são o branqueamento de barreiras de corais e a morte de animais marinhos pelo consumo de plástico.

Outras ações

A campanha tem outras ações, entre as quais a produção de um vídeo com pescadores da Colônia de Copacabana Z13, abordando a problemática do plástico, e um mutirão de limpeza, realizado nas praias do Leblon e de Ipanema no dia 22 de maio, Dia da Biodiversidade. O objetivo do vídeo foi chamar a atenção para o volume de plástico produzido, consumido, descartado e lançado no oceano diariamente.

Gravado em um quiosque na praia do Leblon, o vídeo de 3 minutos simula uma situação rotineira de entrega de pescado e destaca o perigo de haver mais plástico que peixe já na próxima década, além de apresentar imagens reais da poluição no mar do Rio de Janeiro, incluindo o impacto direto na vida marinha e na pesca artesanal. No vídeo, os pescadores Manoel Rebouças, presidente da Colônia Z13, e seu filho, Manasi Rebouças, relatam décadas de transformação do ambiente marinho, impactado pela poluição urbana.

No Mutirão de Limpeza, voluntários conseguiram retirar 16,4 quilos de lixo nas praias de Ipanema e do Leblon, incluindo vidros, plásticos, guimbas de cigarro, madeira, isopor e máscaras de proteção. No dia do mutirão, uma tenda foi montada no calçadão da praia, para descarte de resíduos eletrônicos, e mais de 100 quilos desse material foram recolhidos. Os resíduos coletados foram doados para a Cooperativa Popular Amigos do Meio Ambiente Ltda (Coopama) para reciclagem e destinação correta.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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