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Projeto Reviver Centro completa um ano no Rio de Janeiro
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O Programa Reviver Centro, criado pela prefeitura do Rio de Janeiro para estimular a ocupação residencial de imóveis da região central da cidade, completa hoje (14) um ano com indicativo de crescimento do interesse comercial na região.
De 14 de julho do ano passado, quando começou, até o momento, foram licenciadas 1,3 mil unidades habitacionais. O número é superior ao total de licenças concedidas nos dez anos anteriores ao programa.
Predominantemente comercial, o centro da cidade costuma ser movimentado durante o dia e vazio nas noites e finais de semana. Durante a pandemia por covid-19, o isolamento social e a adoção de trabalho remoto – modalidade que, apesar da flexibilização das medidas de distanciamento, se mantém – o esvaziamento da região se intensificou.
De acordo com a Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), cerca de 40% dos imóveis foram esvaziados no primeiro ano da pandemia, entre março e dezembro de 2020. O Reviver Centro, que abrange os bairros de Santo Cristo, Gamboa, Saúde, Centro e Lapa, foi criado para tentar reverter a tendência de abandono da região.
O programa pretende promover a recuperação urbana, social e econômica da área central da cidade, atraindo novos habitantes para a região. Foca na construção de moradias em áreas vazias e na transformação de prédios comerciais ou ociosos em residenciais ou mistos, ou seja, que unam unidades de habitação com unidades comerciais.
Para atrair empreendimentos imobiliários e compradores para as residências, a prefeitura oferece uma série de benefícios fiscais para a construção de habitações enquadradas no programa. São oferecidos, por exemplo, isenção do IPTU durante o período da obra e isenção de taxas de licenciamento administrativo para os empreendedores.
Durante 12 meses de existência do programa, foram solicitados 22 pedidos de licença para edificações habitacionais, contabilizando 1.788 unidades residenciais. Destes, 18 já foram concedidos, o que corresponde às 1.317 unidades residenciais licenciadas. As outras quatro licenças, e 471 residências, estão em fase de análise. Das 22 licenças solicitadas, 17 são para reconversões, ou seja, para a reformulação de edificações existentes, e cinco para novas construções. Como comparação, entre 2012 e 2021, foram licenciadas 1.208 unidades residenciais no mesmo perímetro.
Novas unidades
O presidente Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos – criada para estruturar os contratos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) para a capital fluminense – informa que até o final do ano devem ser lançadas cinco mil unidades residenciais na região do Porto Maravilha.
O presidente da companhia, Gustavo Guerrante, em chamamento para o mercado imobiliário, afirma que a expectativa é de que a área ganhe, pelo menos dez mil novos moradores. “A gente está falando em agregar, no curto e médio prazo, um terço da população em uma região”, destaca. Segundo ele, o Porto tem atualmente 29 mil habitantes.
Além de estimular a criação de residências, também fazem parte do Reviver Centro a criação de novas áreas verdes, estímulo à mobilidade urbana limpa e ativação do espaço público através da arte.
Distrito de Baixa Emissão
No final de junho, foi lançado o Distrito de Baixa Emissão do Centro, que faz parte do Reviver Centro com o objetivo de implementar ações para a redução de gases do efeito estufa. Com uma área de 2,3 quilômetros quadrados, a implementação do Distrito será feita em fases até o ano de 2030.
A primeira fase compreende 35 mil metros quadrados e deverá ser finalizada em 2024. Entre as ações desenvolvidas, neste primeiro momento, estão a implementação de ciclovias, elaboração do plano de mobilidade limpa, aumento de áreas verdes, projetos educativos para engajamento da população e início da circulação de caminhões elétricos de coleta de resíduos.
Crédito imobiliário
Nesta semana foi anunciada a criação de carta de crédito destinada aos servidores municipais que desejam adquirir imóveis na região central da cidade, como parte do programa. O Crédito Imobiliário Reviver Centro deve garantir juros mais baixos, isenção de taxa de administração e crédito de até 100% do valor do imóvel, além de mais agilidade no processo burocrático da documentação. A habilitação dos servidores ao crédito deve ser aberta no final do ano.
A região contemplada pelo crédito, no entanto, não abarca todo o perímetro do Reviver Centro, mas apenas o seu “coração”. Os imóveis deverão estar situados dentro do perímetro delimitado pelas avenidas Rio Branco, Primeiro de Março, Beira Mar e Presidente Antônio Carlos e pelas ruas Visconde de Inhaúma, Santa Luzia e Senador Dantas. A região abarca as cercanias da Cinelândia, Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Buraco do Lume, Largo da Carioca e Igreja Nossa Senhora da Candelária.
O programa de crédito imobiliário foi anunciado durante o lançamento de edital para empresas interessadas na interessados em investir na reconversão, também chamada de retrofit, de imóveis ociosos do centro em prédios residenciais. A ideia é que o crédito aos servidores fomente a demanda por moradias na região e, consequentemente, atraia o mercado imobiliário. Os empreendimentos que aderirem ao programa deverão destinar prioritariamente ao menos 60% das unidades residenciais aos cerca de 100 mil servidores municipais
“Ao induzir uma demanda, estamos estimulando um componente importante para uma área estratégica do Rio. A presença dos servidores como moradores vai fortalecer ainda mais o Centro”, destaca o secretário municipal de Planejamento Urbano, Washington Fajardo, por meio de nota da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento (SMFP).
Programa de Moradia do Reviver Centro
Também nesta semana foi instituído o Programa de Moradia do Reviver Centro, que pretende ampliar a oferta de moradia adequada ao interesse social, através com subsídio público. Integram o programa os projetos de locação social, moradia assistida, assistência técnica e melhorias habitacionais e de autogestão.
Os programas são destinados a trabalhadores, estudantes, servidores que atenderem a determinados critérios de renda, bem como à população de baixa renda. Segundo a SMFP, a implementação dos projetos será gradativa.
*Estagiária sob a supervisão Mario Toledo
Edição: Maria Claudia
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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