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Rio cria bolsas de pesquisa para cientistas mães

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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) concederá benefícios inéditos para dois grupos de pesquisadores. A entidade – vinculada ao governo estadual – ofertará bolsas por meio dos editais Apoio às Cientistas Mães e Apoio aos Cientistas com Deficiência. É a primeira vez que uma iniciativa desse tipo é desenvolvida no país.

Os dois editais serão lançados em 2024. As versões preliminares foram elaboradas pela Comissão Permanente de Equidade, Diversidade e Inclusão da Faperj, criada em fevereiro deste ano. O conselho superior da entidade aprovou as propostas.

A primeira chamada – a ser aberta no primeiro semestre de 2024 – será destinada a pesquisadoras que se tornaram mães nos últimos seis meses e que possuam vínculo com instituições de ciência e tecnologia sediadas no Rio de Janeiro.

Esse critério também inclui os casos de adoção. Serão contempladas ao menos 21 propostas de pesquisa, abrangendo diversas áreas de conhecimento. A iniciativa conta com a parceria do Instituto Serrapilheira e do Parent in Science, um movimento que busca apoiar mães na ciência, propondo políticas públicas e ações.

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Docentes

Por sua vez, a chamada Apoio aos Cientistas com Deficiência terá como foco projetos apresentados por pesquisadores com título de doutor, que sejam docentes ou técnicos administrativos em instituições de ensino e pesquisa sediadas no estado do Rio. Para se habilitar ao benefício, os proponentes devem possuir condição de deficiência, congênita ou adquirida.

Ao menos 15 projetos serão selecionados e os recursos obtidos poderão ser usados em despesas previstas também em infraestrutura necessária para o desenvolvimento da proposta. O pesquisador contemplado poderá requisitar também bolsa de iniciação científica para estudantes que se envolverem no projeto.

“Os recursos devem totalizar R$ 120 mil para cada projeto. A chamada Apoio às Mães Cientistas terá bolsas de Iniciação Científica. Já o edital de Apoio aos Cientistas com Deficiência deve contar com bolsas de Treinamento e Capacitação Técnica (TCT), além de bolsas de Iniciação Científica”, informou a Faperj.

Segunda edição

Além das iniciativas inéditas, o Conselho Superior da Faperj também aprovou uma segunda edição para o Programa Meninas e Mulheres nas Ciências Exatas e da Terra, Engenharias e Computação.

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Seu lançamento também está previsto para 2024. A iniciativa terá novidades em relação à primeira chamada, realizada de 2021. A duração foi estendida para 24 meses. Serão beneficiados projetos desenvolvidos com a participação de jovens da graduação, do ensino fundamental e do ensino médio.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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