BRASIL
Rio de Janeiro será capital mundial da harpa em julho
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O Rio de Janeiro vai se tornar a capital mundial das harpas no mês de julho. A partir de 1º de julho, a capital fluminense será sede do 18º RioHarpFestival 2023. Serão 30 harpistas de 23 países, que realizarão 73 concertos por 31 dias, sem interrupção, todos com entrada gratuita.
No total, 150 músicos se apresentam em várias orquestras, muitas das quais oriundas de programas de inclusão social desenvolvidos em comunidades, tornando o festival do Brasil o mais forte do circuito mundial. a programação pode ser acessada no site do evento.
O RioHarpFestival reúne expoentes da África do Sul à Índia, além de representantes de quase toda a Europa e da América Latina.
O evento soma 73 concertos em 31 dias ininterruptos, todos com entrada franca, englobando diversas formações da harpa e similares, desde a harpa mais conhecida, originada entre a Europa e o Norte da África no século 8, até o tradicional koto japonês.
Expansão
Em entrevista à Agência Brasil, o diretor e criador do RioHarpFestival e do projeto Música no Museu, Sergio da Costa e Silva, destacou que, há 20 anos, quando começou a dedicar o mês de maio às harpas, na programação do Música no Museu, inicialmente com harpistas brasileiros, não imaginava que o sucesso seria tamanho e que a iniciativa ganharia maior dimensão.
“Dois anos depois, passamos para a versão internacional. Iniciamos timidamente em 2005, com 4 harpistas, e aumentamos ano a ano. Agora, em 2023, no 18º Rio Harp Festival, teremos harpistas de 23 países, chegando a 100 concertos, a maioria no Rio de Janeiro.”
Sergio da Costa e Silva informou que Brasília e São Paulo foram agregadas depois, com o BsbHarpFestival e o SPHarpFestival, que terão neste ano a primeira e sétima edições, respectivamente.
O grande passo está previsto para a versão europeia, em agosto e setembro, com concertos em cidades da França, Itália, Croácia, Espanha, Portugal, Bélgica e Áustria. “Assim o RioHarpFestival se tornou o maior do mundo e inseriu o Brasil no circuito mundial da harpa”, afirmou.
A maioria das apresentações ocorre no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ), que recebe 54 recitais em duas apresentações diárias no seu teatro, com capacidade para 172 pessoas.
Haverá recitais também no Arte Sesc Rio, no Flamengo; no Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF), na Cinelândia; no SESC Quitandinha, em Petrópolis; no Real Gabinete Português de Leitura; na Biblioteca Nacional; no Jockey Club; no Palácio São Clemente – Consulado de Portugal, além de pontos turísticos e históricos do Rio de Janeiro, entre os quais o Corcovado e o Forte de Copacabana.
Destaques
O harpista alemão Markus Thalheimer abre a programação, no dia 1º de julho, às 13h, dividindo o palco do CCBB RJ com a camerata do projeto Uerê, formada por crianças e adolescentes de comunidades do Rio de Janeiro, na faixa etária de 7 a 18 anos, que tocam instrumentos de cordas e percussão.
A Camerata Uerê foi criada em 2013 por Constance Depretz, violinista francesa então radicada no Rio de Janeiro. Hoje, ela é composta por 30 alunos do projeto. Markus Thalheimer nasceu em Stuttgart, Alemanha, em 1987. Teve as primeiras aulas de harpa em sua cidade natal, aos 6 anos de idade. Após os estudos, cursou a Academia Giuseppe Sinopoli da Staatskapelle Dresden por dois anos. Desde a temporada 2016/2017, Thalheimer é o principal harpista da New Lausitz Philharmonic Orchestra.
Também no dia 1º de julho, às 15 horas, ocorrerá o concerto do harpista holandês Joost Willemze, no CCBB Rio. Ele é um dos principais jovens harpistas holandeses. Aos 16 anos, recebeu o primeiro prêmio na final nacional do Concurso Princesa Cristina, em Haia. Em 2017 venceu o Concurso Internacional de Harpa do Porto e, um ano depois, o concurso italiano Suoni. Em 2022, gravou o seu CD de estreia.
No dia 2 de julho, às 13h, Willemze volta aos palcos do CCBB RJ, às 15h, com a participação especial da Orquestra de Gaita de Foles, pioneira no município de São Gonçalo, região metropolitana do Rio, considerada banda de referência no estado. A Orquestra de Gaita de Foles promove aulas gratuitas para crianças carentes. Segundo expôs Sergio da Costa e Silva, a fusão intencional da música brasileira e celta oferece um repertório aprimorado e uma qualidade musical distinta.
No dia 7, às 19h, no Arte Sesc, a récita Ecos Latinos vai reunir os músicos Patrice Fisher, harpa; Fran Comiskey, piano; Betsy Braud, flauta (todos dos Estados Unidos); Carlos Valadares, percussão (Guatemala), Reinaldo Pestana (percussão) e Papito Mello, baixo (Brasil), com participação especial de Claire Le Fur (França). Harpista de jazz latino, Patrice Fisher privilegia a música de Nova Orleans, Brasil e Cuba, dizendo que não só a harpa se sente “confortável” harmonicamente com a música, como também se sente atraída por suas complexidades e sincopações: “É isso que dá vontade de dançar”, disse a harpista.
No dia 8, às 17h, a Casa Museu Eva Klabin, na Lagoa, zona sul da cidade, recebe a programação no Concertos de Eva – Série Música no Museu, com o Duo Spiritus Filmum, constituído pela harpista Leonor Maia e pelo flautista Francisco Barbosa. Os dois já tocaram em várias salas de concertos em Portugal, Áustria e Alemanha.
Koto
Na Biblioteca Nacional, no dia 11, às 13h, se apresentarão Dina Celeste, harpa e Gaby Portillo, violão (Paraguai). No mesmo local, às 15h, será a vez do Al Sharq Quarteto, integrado por Jaffer Swamani, Rudá Brauns, Vicente Alexim e Marcelo Conti, que fará uma homenagem a países árabes, entre os quais Turquia e Egito. A programação extensa inclui o Trio Fujiyama Nippon, do Japão, que representa o koto, ou harpa horizontal japonesa, no dia 16, às 15h, no CCBB RJ, com o concerto Tambores do Japão.
Outra novidade deste ano será o concerto do belga Jacques Vandevelde, que se apresentará com o Cacique Urutau Guajajara e o Coro Indígena, no dia 17, às 12h30, no CCBB RJ. Segundo Sergio da Costa e Silva, será um encontro entre a música erudita e a música espiritual dos povos originários. Novo encontro de harpistas europeus com a música brasileira trará a belga Heleen Vandeputte, que faz arranjos especiais para canções infantis do Brasil, como “Se Esta Rua Fosse Minha”. Haverá quatro apresentações no CCBB RJ, dos dias 17 a 20 de julho.
No dia 20, às 12h30, no CCBB RJ, o público poderá apreciar ainda o encontro de harpistas com o grupo Madrigal Cruz Lopes, coral formado por 22 cantores dos mais variados estilos, desde o clássico até a música popular contemporânea, passando pela música folclórica, sacra, óperas e oratórios.
No dia 22, às 18h, no Museu do Exército, no Forte de Copacabana, no bairro do mesmo nome, se apresentará a Orquestra Violões do Forte, com participação especial do harpista Jesús Súares, da Venezuela. O encerramento do 18º RioHarpFestival está previsto, no dia 31, no CCBB RJ, quando se apresentarão, às 12h30, a harpista Kobie du Plessis (África do Sul); e, às 15h, o Duo Vanja Ferreira, harpa, e Helder Teixeira, flauta. Vanja Ferreira é solista da Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Fonte: EBC GERAL


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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