BRASIL
Rio: manifestantes pedem justiça para homem morto em Sergipe
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Manifestantes se reuniram na manhã de hoje (28) no centro do Rio de Janeiro em um protesto organizado pelo movimento negro e ativistas dos direitos humanos pedindo justiça para Genivaldo dos Santos, morto em Sergipe no dia 25. O sergipano, de 38 anos, morreu após uma abordagem de policiais rodoviários federais. Imagens veiculadas na internet mostram a vítima presa dentro de uma viatura esfumaçada e as suspeitas são de que a fumaça era um gás disparado pelos policiais.
O ato foi marcado para as 10h na Avenida Presidente Vargas, em frente ao Monumento a Zumbi dos Palmares. Os participantes do ato também pediram o fim das chacinas e do que classificaram de genocídio do povo negro.
Os manifestantes levaram faixas e cartazes com dizeres como “Parem de nos Matar” e “Vidas Negras Importam”, além de uma ilustração do rosto de Genivaldo com um pedido de justiça.
O Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe identificou de forma preliminar que a vítima teve como causa da morte insuficiência aguda secundária a asfixia. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) estão investigando o caso e a PRF disse, em nota divulgada na quinta-feira (27), que está comprometida com a apuração da ocorrência e colaborando com as autoridades responsáveis pela investigação. os policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo foram afastados pela Polícia Rodoviária Federal.
A manifestação se manteve em frente ao monumento e teve falas de ativistas, políticos e lideranças de movimentos sociais e de favelas, que protestaram contra a brutalidade do crime e a violência policial contra a população negra.
O ato também lembrou a operação conjunta da Polícia Militar do Rio de Janeiro e da Polícia Rodoviária Federal realizada nesta semana no Complexo da Penha, em que houve 23 mortes. A ação foi a segunda mais letal da história do estado.
A PM afirmou no dia da operação que as equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da PRF se preparavam para uma incursão que tinha como objetivo de prender lideranças criminosas, quando bandidos começaram a fazer disparos de armas de fogo na parte alta da comunidade e houve confronto.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar as circunstâncias das mortes, que também estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Edição: Fábio Massalli


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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