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São Paulo propõe aumento de 20% a profissionais da saúde e segurança
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O governo de São Paulo anunciou que encaminhará proposta para dar 20% de aumento salarial a todas as carreiras da segurança pública e da saúde. Devem ser beneficiados 276 mil profissionais da área de segurança e 69 mil na rede pública de saúde. Para os servidores públicos de outras áreas, que totalizam 195 mil funcionários, o reajuste será de 10%.
Segundo o governador João Doria, o projeto de lei com o aumento dos salários dos servidores será enviado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp): “nós estamos otimistas, a expectativa é de que a Assembleia debaterá e aprovará a proposta”. A previsão é de que os novos salários sejam pagos a partir de março.
O vice-governador, Rodrigo Garcia, informou que o reajuste terá um custo de aproximadamente R$ 5,6 bilhões por ano aos cofres do estado, que já gasta R$ 100 bilhões com o pagamento da folha de pessoal.
Com o aumento, o salário inicial de um soldado de segunda classe da Polícia Militar vai passar de R$ 2,5 mil para R$ 3 mil, chegando a R$ 5,8 mil com os benefícios.
O salário inicial dos técnicos de enfermagem, com 30 horas semanais, vai passar de R$ 1 mil para R$ 1,2 mil, ficando em 2,1 mil com os benefícios. Para os médicos com carga de 20 horas semanais, o valor inicial passa de R$ 5,5 mil para R$ 6,7 mil, chegando a R$ 8,9 mil com os benefícios.
Edição: Denise Griesinger


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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