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São Paulo sedia maior festival LGBTQIA+ da América Latina
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Sete espaços culturais da capital paulista sediam, de hoje (9) até o próximo dia 19, a 31ª edição do Festival MixBrasil, o maior evento LGBTQIA+ da América Latina. O tema deste ano é A gente nunca foi tão Mix, em alusão à receptividade que o festival pretende demonstrar quanto à diversidade de linguagens que compõem a programação, orientações sexuais e identidades de gênero.
Ao longo de 11 dias, serão realizados espetáculos teatrais transmídia originários de Taiwan, da França e do Brasil, além de sessões de 119 filmes de 35 países e de 13 estados brasileiros, experiências XR com a temática queer, vindas dos Estados Unidos, Finlândia, Chile, França, Brasil, Alemanha e Portugal, literatura, performances e o tradicional Show do Gongo, com a atriz Marisa Orth. O público também poderá conferir o que há de novidade no mundo dos jogos, por meio do MixGames, que apresentará uma seleção de jogos que se engajam na luta pela diversidade e a inclusão.
O festival ainda conta com o prêmio Ícone Mix, que homenageia a atriz, roteirista, dramaturga, diretora e ativista pela representatividade trans no teatro e no cinema Renata Carvalho, e o Crescendo com a diversidade, destinado ao público infantil. Também serão atrações as instalações de experiências XR de realidades estendidas com temáticas LGBTQIA+, intercâmbio feito com a França, Finlândia, Chile, Estados Unidos e Brasil.
Sobre as atividades específicas para o público infantil, o diretor do festival, André Fischer, ressalta ser importante levar mensagens que contribuam para maior compreensão e verdadeira aceitação da comunidade LGBTQIA+, desde cedo. E, no caso do evento, a forma para trabalhar isso é também colocar a mão na massa.
“A gente acha que se passaram 30 anos [desde a primeira edição do festival] e as coisas evoluíram, certamente, mas nem tanto. Temos que ter um trabalho educativo mesmo. Por isso, quando se fala de produção cultural LGBTQIA+, está se falando de informações”, afirma Fischer.
“Há 14 anos, temos uma seção que se chama Crescendo com a Diversidade, na qual são exibidos filmes, espetáculos que tenham a ver com o tema família, a partir do ponto de vista de crianças e adolescentes. As obras têm linguagem mais lúdica. E também realiza oficinas em que debate esses temas com as crianças e elas mesmas realizam os filmes e roteiros, que vão assistir, depois, com a turma toda da escola”, explica.
Sempre de olho em títulos que passaram por festivais de cinema do mundo todo, como o de Berlim, Cannes, Veneza e San Sebastian, a curadoria do MixBrasil se preocupou em trazer para as telas alguns inéditos no Brasil. Entre os destaques estão o nigeriano Todas as Cores Entre o Preto e o Branco de Babatunde Apalowo, e o francês Orlando, Minha Biografia Política, de Paul Preciado, vencedores do Teddy Award, troféu destinado a filmes queer do Festival de Berlim,, nas categorias ficção e documentário, além do espanhol 20.000 Espécies de Abelhas, de Estibaliz Urresola Solaguren, vencedor do Prêmio Sebastiane em San Sebastian.
A programação não deixa a desejar quando se trata de títulos nacionais. Entre os representantes brasileiros, estão Assexybilidade de Daniel Gonçalves (RJ), Corpo Presente, de Leonardo Barcelos (MG), Capim Navalha, de Michel Queiroz (GO), Uma Tarde Pra Tirar Retrato, de André Sandino Costa (RJ), première mundial de Todos Morrem Tentando Fazer uma Obra Prima, de Gustavo von Ha (SP), M de Mães (SP), de Lívia Perez, e Antígônadá, de Dora Longo Bahia (SP), os dois últimos fazendo a estreia nacional no festival.
A programação online começa em 9 de novembro e poderá ser assistida gratuitamente pelas plataformas do Sesc Digital, Spcine Play e Itaú Cultural Play.
Toda a programação do 31º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade poderá ser conferida no site do evento e no Facebook, Instagram, Twitter e Youtube. O evento é uma realização da Associação Cultural Mix Brasil e do Ministério da Cultura, e conta com a iniciativa da Lei de Incentivo à Cultura, patrocínio do Itaù, Mercado Livre e SPcine, além do apoio cultural do Sesc SP.
Serviço
31° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade
9 a 19 de novembro
Toda a programação gratuita
Locais: Cinesesc, Centro Cultural São Paulo (Sala Paulo Emílio), Spcine Olido, Teatro Sérgio Cardoso, Museu da Imagem e do Som, Instituto Moreira Salles e Museu da Língua Portuguesa.
Os ingressos serão disponibilizados na bilheteria desses locais uma hora antes do início de cada sessão.
No Museu da Imagem e do Som, o acesso às experiências XR e games ocorrerá por ordem de chegada.
No Museu da Língua Portuguesa, o acesso será gratuito.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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