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São Paulo tem primeiro Dia de Finados com cemitérios concedidos

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Frequentadora do cemitério São Luiz, na Zona Sul da capital paulista, há mais de 50 anos, dona Graça Maria Alves, de 75 anos, notou melhorias na zeladoria do cemitério, recém concedido à iniciativa privada pela prefeitura municipal. No entanto, ela é cautelosa: “na época do dia de Finados, tudo é bonito”.

“Isso aqui era muito cheio de mato. Agora está todo capinado. Nesse lado não tinha cova, agora já ampliaram. Admirei. Mas nessa época do dia de Finados, tudo é bonito, tudo cuidado, as paredes, tudo é branquinho. Mas vamos ver como será no resto do ano”, disse. 

No início do ano, a prefeitura paulistana começou a transferir para a administração privada todos cemitérios da cidade. Os 22 cemitérios da cidade foram concedidos pela prefeitura à iniciativa privada por um período de 25 anos. Quatro consórcios privados, vencedores da licitação, assumiram, desde 7 de março, a gestão, manutenção, exploração, revitalização e expansão dos recintos.

“Antigamente, quando era tempo assim do calor, você não passava em algumas partes do cemitério. O cheiro era muito forte. E quando chovia muito, como as covas eram muito rasas, a gente via, muito mesmo, ossos rolando por aí. E o cheiro era muito forte. Não era desse jeito como agora. Mas tem que ver se vai durar”, ressaltou a frequentadora.  

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Dona Graça tem dez parentes enterrados no cemitério São Luiz, incluindo seu marido, falecido há 15 anos. “Eu acho que quem está aqui está mais feliz do que a gente que está aqui fora. Eu venho sempre, sempre, venho aqui acender luz pra eles”.

Auditoria

Em junho, uma Auditoria do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP) encontrou ossos não ensacados e sacos de ossos sem identificação em vistoria nos cemitérios recém-privatizados da capital paulista. O tribunal não especificou em qual dos cemitérios os restos mortais foram encontrados.

Em 13 dos 22 locais, foram encontrados jazigos e túmulos abertos, o que, segundo o TCM, traz risco de acidentes aos visitantes. Em dois cemitérios, nenhum vigilante foi localizado no momento da vistoria.  Os auditores encontraram dez cemitérios sem cerca elétrica ou concertina nos muros e grades. Apenas no Cemitério da Lapa, na zona oeste da capital, foi identificada a instalação de câmeras de segurança, um dos itens obrigatórios conforme o contrato de concessão. Em sete cemitérios foram encontrados buracos e lacunas em muros e grades.

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Em setembro, os conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo aprovaram um alerta para a prefeitura depois de novas denúncias de que o contrato de concessão dos cemitérios não está sendo respeitado e o serviço segue com diversas falhas.

Um dos destaques do debate foi a gratuidade de sepultamento a doadores de órgãos. Os familiares têm direito, por lei, a não pagar pelo serviço. No alerta, o TCM determina que a SPRegula e o Serviço Funerário adotem as providências para garantir que as concessionárias implementem imediatamente avisos sobre todas as formas de gratuidades e cumpram as regras.

Fonte: EBC GERAL

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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