BRASIL
Tiroteios no Rio crescem 29% no primeiro mês do ano, aponta instituto
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Levantamento do Instituto Fogo Cruzado aponta aumento de 29% no número de tiroteios na região metropolitana do Rio de Janeiro no primeiro mês do ano em comparação ao mesmo período de 2022. Foram 294 tiroteios contra 228.
No mês, 164 pessoas foram baleadas, sendo que 81 morreram e 83 ficaram feridas. Em janeiro de 2022, foram 122 baleados, com 64 mortos e 58 feridos. Conforme os dados, 14 pessoas foram vítimas de balas perdidas no Grande Rio em janeiro deste ano (com três mortes), sendo que oito foram atingidas durante ações ou operações policiais. O levantamento registra quatro chacinas na região metropolitana do Rio, com 16 mortos no total.
Os municípios com mais casos de tiroteios são Rio de Janeiro (194), Duque de Caxias (23), Niterói (14), São Gonçalo (13) e Nova Iguaçu (10).
Tráfico e milícia
O relatório mensal do instituto aponta ainda o acirramento das disputas por território entre milícias e facções do tráfico de drogas, principalmente na zona oeste da capital. Apenas a região teve nove tiroteios, o que significa que a cada quatro tiroteios entre grupos armados, um ocorreu na zona oeste.
Algumas das áreas que mais registraram conflitos foram Gardênia Azul, Cidade de Deus, Muzema e Curicica, assustando os moradores. Em Gardênia Azul, moradores relatam que os traficantes impõem toque de recolher e as famílias estão preocupadas com a volta às aulas na rede pública de ensino.
“Nós vemos que esses grupos têm tido movimentações estratégicas geograficamente, pensando na tomada de territórios. Nós estamos acompanhando ano após a ano e evidenciando isso a partir dos nossos dados”, disse Carlos Nhanga, coordenador regional do instituto.
Para o coordenador regional, os dados são importantes para construção de políticas públicas que garantam segurança à população.
“Quando você tem um tiroteio, você não tem um caso isolado. Não é só uma disputa entre grupos armados. É uma disputa que afeta a vida de milhares de pessoas, de diversas formas. Pessoas que estão indo para o trabalho e estão na linha de tiro, crianças que deixam de estudar por conta da suspensão de aulas, transporte que deixa de circular. É preciso pensar políticas a partir desse retrato, olhando para esses impactos e políticas que previnam esse tipo de conflito, seja entre grupos armados ou entre operações policiais para acessar essas invasões”, afirmou o coordenador, acrescentando que o relatório é encaminhado para autoridades, parlamentares e veículos de imprensa.
O levantamento é feito em parceria com o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos, da Universidade Federal Fluminense (Geni/UFF), e compõem o Mapa Histórico dos Grupos Armados, que ajuda a compreender as diferentes dinâmicas da violência armada no Rio de Janeiro.
Edição: Carolina Pimentel
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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