Search
Close this search box.
CUIABÁ

BRASIL

Trabalhadores encerram greve na Avibras e pedem estatização da empresa

Publicados

BRASIL


Trabalhadores da Avibras Indústria Aeroespacial, empresa brasileira fabricante de equipamentos bélicos e de defesa civil, encerraram hoje (22) greve de 24 horas após conseguirem dois meses de estabilidade no emprego para todos que permanecem na fábrica, além do pagamento do dia de paralisação. A proposta da empresa foi aprovada em assembleia, nesta terça-feira. 

A greve começou ontem (21) como reação às demissões de 420 trabalhadores ocorridas na sexta-feira (18). Além disso, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial.
“Fica um ponto de interrogação na cabeça de todos os trabalhadores, se vão seguir empregados ou não. Foram todos pegos de surpresa e as demissões ocorreram em todos os setores”, disse o presidente do Sindicato Metalúrgicos de São José dos Campos, Weller Gonçalves, no dia da deflagração da greve

Na negociação com o sindicato, a Avibras se recusou a cancelar as demissões. Por isso, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a luta pela volta de todos os trabalhadores continua. Antes da demissão em massa, a fábrica tinha 1,5 mil funcionários.

Leia Também:  Empregados dos Correios desistem de greve na véspera da Black Friday

Os trabalhadores demitidos saíram em passeata, na manhã desta terça-feira, como parte das ações para reverter as 420 demissões. 

O sindicato informou que ingressou com uma ação civil pública na Justiça do Trabalho, ontem (21), para reverter as demissões. Na ação, o sindicato solicita com urgência a concessão de uma liminar que suspenda todas as demissões realizadas pela Avibras. 

Nesta terça (22), a Justiça deu prazo de 48 horas para que a empresa se manifeste sobre os desligamentos. Após o prazo, o Ministério Público do Trabalho também terá 48 horas para se manifestar, conforme informações do sindicato.

Estatização

O sindicato iniciou uma campanha pela estatização da Avibras e enviou ontem pedido de reunião com os governos federal, estadual e municipal para tratar do assunto.

“Uma empresa como a Avibras, que é estratégica para o país, não pode ficar nas mãos do capital privado. O setor de defesa depende de recursos do governo e os grandes beneficiados são os acionistas. O Governo Federal tem o dever de dar início ao processo de estatização da Avibras”, afirmou o presidente do sindicato, Weller Gonçalves. 

Leia Também:  Registros de óbito poderão ser feitos de forma digital em São Paulo

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

BRASIL

Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

Publicados

em

A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

Leia Também:  Empregados dos Correios desistem de greve na véspera da Black Friday

“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

Leia Também:  TCU determina que Bolsonaro entregue joias masculinas em até 5 dias

Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA