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Dia Mundial da Vida
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O 5 de junho é sempre oportunidade de refletir sobre a importância da preservação ambiental. Este ano, a data carrega o diferencial da emergência climática, que eleva a urgência da conscientização sobre o grande desafio da atualidade, o desenvolvimento com sustentabilidade.
Mato Grosso tem papel crucial nesse contexto. Maior produtor do país, contribui decisivamente para a segurança alimentar mundial, sem a qual teríamos uma crise humanitária sem precedentes.
Mas o desenvolvimento não pode extinguir recursos naturais valiosos como a própria água e as florestas. Urge avançar rumo a um modelo de produção que preserve a maior biodiversidade do planeta, diferencial muito valorizado no mercado internacional. A responsabilidade de MT é a maior do país, único estado com três biomas: cerrado, amazônia e pantanal.
O Tribunal de Contas de MT optou por participar ativamente do desenvolvimento socioambiental do estado, trabalhando pelo cumprimento dos 17 objetivos da Agenda da ONU, que combate a pobreza e elenca ações para a conservação do solo, da água e do ar. O Plano TCE 2050 prevê a indução de políticas públicas que salvaguarde a fauna, a flora, a água e aprimore o combate ao desmatamento ilegal, com redução em até 80% da emissão de gases do efeito estufa até 2030 e em até 100% até 2050, assim buscando a plena implementação do código florestal brasileiro.
O TCE vai muito além da verificação da legalidade dos atos de gestão. Orienta os gestores nos princípios da boa governança pública, que hoje necessariamente deve contemplar os aspectos ambientais.
Neste ambiente os tribunais assumem um protagonismo que nasce da competência constitucional para exercer o controle externo também nos aspectos ambientais.
Nossa Constituição trata o meio ambiente como “bem de uso comum do povo” e cabe aos Tribunais de Contas não só o poder, mas o dever de realizar a fiscalização ambiental.
Para assegurar o desenvolvimento sustentável, precisamos de um esforço conjunto do Estado, dos órgãos de controle, da sociedade civil e do setor privado, com um objetivo comum: a sobrevivência da humanidade.
Para atingir esse objetivo é imperativo trazer a perspectiva ambiental para dentro das políticas públicas e é isso que já estamos fazendo aqui. Criamos a Comissão Permanente de Meio Ambiente e Sustentabilidade, que fiscaliza as políticas públicas e estimula as práticas sustentáveis em todas as ações e contratos da administração.
A Comissão já atua diante das questões sanitárias, analisando as políticas de gestão de resíduos dos 141 municípios para a execução dos planos de saneamento.
Para qualificar este debate, trouxemos a Cuiabá ministros de Estado, do TCU, do STF e especialistas em governança ambiental no II Congresso Ambiental dos Tribunais de Contas. No próximo ano as discussões avançam com um congresso internacional sobre a Amazônia.
Estamos estimulando as prefeituras a investir numa política permanente de reflorestamento. Se cada município plantar uma árvore para cada habitante, teremos quase 5 milhões de árvores por ano.
Acreditamos que é possível adotar políticas públicas e ações capazes de transformar o modelo econômico a favor da sustentabilidade, sem penalizar o desenvolvimento.
Vamos pensar globalmente, mas antes é preciso cuidar da nossa aldeia, do ambiente urbano e rural, da qualidade de vida das pessoas.


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Evoluir para um novo ciclo de RJ

“Produtor caloteiro, advogado embusteiro, judiciário moroso, fundo oportunista, administrador judicial explorador”. É o que ainda ouço de muitos que participam de recuperações judiciais no Brasil, e isso já passou da hora de acabar.
O processo de reestruturação das empresas no país passou por grande maturação. Temos, principalmente em Mato Grosso, uma das melhores escolas de reestruturação do mundo, com estudiosos palestrando mundo afora, promovemos encontros com os mais renomados juristas, além de sermos percursores de várias teses consolidadas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), seja por credores ou devedores.
Sobre as recuperações judiciais no agronegócio, o que parecia a princípio “malabarismo jurídico” virou jurisprudência, e a jurisprudência virou lei. Em um processo evolutivo social, devemos ser gratos por construir e viver, na prática, pelo suor e pela caneta, em vinte anos, o que para muitos será somente uma teoria acadêmica de nosso professor Miguel Reale, os fatos sociais transformando o direito.
Agora, consolidada a situação, com mercado específico para fomentar empresas em RJ, vamos convidar, quem mais precisa, nossos produtores rurais, a participarem mais conosco e assim fazer valer o princípio que nos norteia. A defesa do empreendedorismo.
Dois pontos penso que devemos nos concentrar. O judiciário entende que o produtor rural demora demais para pedir RJ, o que estressa demais o processo com os credores. O produtor rural, por outro lado, entende que o judiciário demora demais para decidir.
Conheço os dois lados e digo que o único caminho é que todos possamos nos unir dando as melhores condições de trabalho ao Poder Judiciário – pois começa a lidar com números exponenciais de processos – e aos produtores rurais, que são os que produzem a maior – e quase única – riqueza nossa, as commodities.
Essa união depende de nós, advogados, contadores, administradores judiciais, bancos, fundos e tradings. Bancos, fundos e tradings também, ou achamos que dá para receber, se o produtor não tem como produzir para pagar? Não é mais escolha. Muitos ainda vão passar por uma RJ, e o melhor é que passem logo, resolvam o problema logo e voltem a fomentar o mercado financeiro logo. Para isso, quanto menos tumulto levarmos ao Judiciário, em um processo de RJ, melhor será. Quanto mais maduro for o processo mais eficiente será a reestruturação.
Chegou a hora do segundo ciclo, e entendo que todos devemos caminhar de forma conciliadora, vamos juntos.
“Produtor trabalhador, advogado batalhador, judiciário eficiente, fundo fomentador e administrado Judicial conciliador”.
Esse é o novo ciclo. Quanto mais rápidos formos, mais próximos estaremos da eficiência do mercado, produzindo mais, errando menos, gerando mais riqueza para todos. Afinal para isso foi criada essa lei.
Euclides Ribeiro Silva é sócio da ERS Advocacia e Recuperação de Empresas
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