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Mãos firmes, coração que acolhe

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Por Márcia Amorim Pedr’Angelo

 

Se eu pudesse resumir o que significa ser pai, especialmente no contexto da educação de uma criança, escolheria esta imagem: mãos firmes e um coração que acolhe.

Porque educar não é apenas corrigir, nem apenas proteger, é estar presente de verdade. É sustentar o caminhar do filho com firmeza, mas também com doçura.

Na nossa vivência com as crianças, dia após dia, percebemos como a presença do pai, que realmente se envolve, que escuta, que participa, faz toda a diferença.

E não falo de estar junto só nos eventos, ou de cumprir tarefas. Falo de estar junto mesmo: nas conversas do dia a dia, no olhar atento, no tempo dedicado sem pressa.

Quando um pai caminha ao lado do filho, ele ajuda a construir segurança interior, estabilidade emocional e confiança. Ele ensina que é possível ser forte sem deixar de ser sensível. Ensina com o exemplo, e esse é o ensinamento que mais marca uma criança.

Na escola, sentimos isso claramente. As crianças que contam com uma paternagem afetiva e constante tendem a lidar melhor com desafios, frustrações e relações. Elas se sentem vistas, amadas, reconhecidas. E isso é essencial para aprender — aprender de verdade, com o coração aberto.

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A figura do pai que orienta com mãos firmes, que dá limites, que organiza, que mostra o caminho e, ao mesmo tempo, acolhe com amor, escuta com paciência e educa com empatia, é uma força transformadora na vida dos filhos. Essa combinação de estrutura e afeto é o que forma seres humanos inteiros.

Sabemos que nem sempre foi assim. Muitos de nós crescemos vendo pais distantes, duros, ausentes. Mas, graças a Deus, isso está mudando. Hoje, vemos surgir uma geração de pais que quer estar perto. Que entende que seu papel não é só de provedor, mas de formador. Que sabe que o tempo junto vale mais que qualquer presente.

Neste Dia dos Pais, meu abraço cheio de carinho a todos os que estão construindo esse novo jeito de ser pai. Um jeito mais inteiro, mais presente, mais consciente. A vocês, nossa gratidão por estarem ajudando a formar crianças que pensam, sentem e fazem deste mundo um lugar melhor.

Márcia Amorim Pedr’Angelo é pedagoga, fundadora das escolas Toque de Mãe e Unicus, e coordenadora da Unesco para a Educação em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

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Evoluir para um novo ciclo de RJ

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“Produtor caloteiro, advogado embusteiro, judiciário moroso, fundo oportunista, administrador judicial explorador”. É o que ainda ouço de muitos que participam de recuperações judiciais no Brasil, e isso já passou da hora de acabar.

O processo de reestruturação das empresas no país passou por grande maturação. Temos, principalmente em Mato Grosso, uma das melhores escolas de reestruturação do mundo, com estudiosos palestrando mundo afora, promovemos encontros com os mais renomados juristas, além de sermos percursores de várias teses consolidadas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), seja por credores ou devedores.

Sobre as recuperações judiciais no agronegócio, o que parecia a princípio “malabarismo jurídico” virou jurisprudência, e a jurisprudência virou lei. Em um processo evolutivo social, devemos ser gratos por construir e viver, na prática, pelo suor e pela caneta, em vinte anos, o que para muitos será somente uma teoria acadêmica de nosso professor Miguel Reale, os fatos sociais transformando o direito.

Agora, consolidada a situação, com mercado específico para fomentar empresas em RJ, vamos convidar, quem mais precisa, nossos produtores rurais, a participarem mais conosco e assim fazer valer o princípio que nos norteia. A defesa do empreendedorismo.

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Dois pontos penso que devemos nos concentrar. O judiciário entende que o produtor rural demora demais para pedir RJ, o que estressa demais o processo com os credores. O produtor rural, por outro lado, entende que o judiciário demora demais para decidir.

Conheço os dois lados e digo que o único caminho é que todos possamos nos unir dando as melhores condições de trabalho ao Poder Judiciário – pois começa a lidar com números exponenciais de processos – e aos produtores rurais, que são os que produzem a maior – e quase única – riqueza nossa, as commodities.

Essa união depende de nós, advogados, contadores, administradores judiciais, bancos, fundos e tradings. Bancos, fundos e tradings também, ou achamos que dá para receber, se o produtor não tem como produzir para pagar? Não é mais escolha. Muitos ainda vão passar por uma RJ, e o melhor é que passem logo, resolvam o problema logo e voltem a fomentar o mercado financeiro logo. Para isso, quanto menos tumulto levarmos ao Judiciário, em um processo de RJ, melhor será. Quanto mais maduro for o processo mais eficiente será a reestruturação.

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Chegou a hora do segundo ciclo, e entendo que todos devemos caminhar de forma conciliadora, vamos juntos.

“Produtor trabalhador, advogado batalhador, judiciário eficiente, fundo fomentador e administrado Judicial conciliador”.

Esse é o novo ciclo. Quanto mais rápidos formos, mais próximos estaremos da eficiência do mercado, produzindo mais, errando menos, gerando mais riqueza para todos. Afinal para isso foi criada essa lei.

Euclides Ribeiro Silva é sócio da ERS Advocacia e Recuperação de Empresas

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