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Médico destaca os benefícios da prática de atividade física para crianças

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A atividade física é fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes, trazendo benefícios que vão muito além do simples aspecto físico. Desde os primeiros anos de vida, a prática regular de exercícios contribui para o bem-estar geral e a formação de hábitos saudáveis que podem perdurar ao longo da vida.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda que crianças e adolescentes pratiquem pelo menos 60 minutos de atividade física moderada a vigorosa por dia. A maior parte dessa atividade deve ser aeróbica, mas também é importante estimular o desenvolvimento motor.

Crianças de 2 a 5 anos podem realizar até duas horas de atividade física por dia. Já para as crianças de 5 a 17 anos, o indicado é uma hora por dia.

De acordo com o médico ortopedista e cirurgião de coluna vertebral do Hospital HBento, Fábio Mendonça, movimentar o corpo é um investimento em saúde física, mental e social, inclusive para o público infantojuvenil. A formação de hábitos saudáveis desde cedo contribui para um futuro mais ativo e equilibrado, permitindo que as crianças cresçam felizes e saudáveis.

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“Atividades lúdicas ou pequenas brincadeiras do dia a dia já podem ser consideradas como atividade. Quando a gente estimula a prática de exercício, a criança tem desenvolvimento físico, formação óssea, melhora na capacidade cognitiva, melhora o sono e as relações psicossociais”, afirmou o médico.

Além de contribuir com o corpo, as atividades podem também trabalhar questões emocionais.

“Quando as crianças fazem atividade física, é como se houvesse um mecanismo que atua na prevenção de doenças cardíacas, obesidade, além de contribuir diretamente em sintomas de ansiedade, estresse, depressão”.

Há quem prefira ainda realizar atividades mais funcionais em academias, no entanto, o treino infantil deve ser cuidadosamente adaptado, uma vez que não se pode aplicar a mesma intensidade ou sobrecarga nas crianças, justamente para se evitar lesões nas articulações, coluna e membros.

“Por esse motivo, muitos profissionais não recomendam musculação para crianças muito jovens, como as de 5 anos. Elas ainda estão se desenvolvendo”, concluiu Fábio Mendonça.

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Brasil: Polarização e a Estrada do Caos – Reflexão sobre o extremismo político e a urgência do diálogo

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por Breno Augusto Pinto de Miranda

Vivemos, no Brasil, um tempo em que a política deixou de ser um instrumento de construção coletiva para se tornar um campo minado de ressentimentos. As cores, as bandeiras e os discursos, que deveriam ser expressão de diversidade democrática, transformaram-se em trincheiras.

A polarização política, hoje alimentada por paixões inflamadas e pela retórica de guerra, avança como uma força corrosiva, desgastando instituições, corroendo a confiança e minando a convivência social em todas as instâncias.
Não se trata aqui de demonizar a esquerda ou a direita.

Por óbvio, cada vertente política carrega sua contribuição legítima para o país: a esquerda, com sua histórica atenção à justiça social, à redução das desigualdades e à proteção dos mais vulneráveis; a direita, com sua ênfase na liberdade individual, na responsabilidade fiscal e na garantia e fortalecimento de um ambiente econômico estável e seguro.

Ambas as posições têm seu papel e seu valor, até porque o que empobrece o debate não é a existência desses polos, mas o extremismo que os desfigura e enfraquece o próprio Estado Democrático de Direito.

O extremismo, seja qual for o lado, fecha portas e abre abismos. Ele substitui o argumento pela acusação, o diálogo pelo ataque, a discordância pela desumanização do adversário. É nesse ambiente que proliferam as inverdades, a intolerância ideológica e até a violência física, como vimos em episódios recentes que envergonharam o país diante do mundo.

Seguir por esse caminho é trilhar a estrada do caos, onde a razão perde espaço para o ódio e o país se afasta de qualquer horizonte comum. Quando a política se reduz a uma guerra permanente, perde-se de vista o objetivo maior: melhorar a vida dos brasileiros.

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Não há nação que prospere sob permanente estado de hostilidade interna. Um país dividido ao meio, que não se reconhece como parte de um mesmo destino, condena-se à paralisia. Investidores hesitam, políticas públicas ficam reféns de ciclos curtos e vinganças recíprocas, e a população, verdadeira razão de ser do Estado, paga o preço da ineficiência e da instabilidade.
É por isso que precisamos resgatar o diálogo e, que fique claro, isso não significa renunciar a convicções, mas reconhecer que ninguém, sozinho, tem o monopólio da verdade. Pelo contrário, significa admitir que soluções duradouras exigem a contribuição de diferentes visões, que o contraditório é saudável e que a pluralidade é a essência da democracia.

O filósofo grego Aristóteles já advertia: “A virtude está no meio”. É no equilíbrio entre as virtudes de cada campo e no repúdio aos excessos que as corrompem que poderemos encontrar o caminho para um Brasil mais justo e próspero.

A sociedade civil, os líderes políticos e as autoridades constituídas têm responsabilidade histórica neste momento. Não se constrói o futuro com insultos, mas com pontes; não se governa com hostilidade permanente, mas com a disposição de ouvir e mediar. Os grandes avanços da história nacional, da redemocratização à estabilidade monetária, só foram possíveis porque se buscou algum grau de convergência entre forças distintas.

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O Brasil não precisa ser um campo de batalha. Pode – e deve – ser um espaço de encontro, de construção coletiva. Não precisa ser um país rachado, mas um país que se enriquece na diferença e no diálogo.

Ainda há tempo para isso, mas o tempo urge. É preciso resgatar o respeito às regras que valem para todos, independentemente de partido, ideologia ou qualquer outra circunstância.

É hora de nossas lideranças políticas – e de nós mesmos – revelarmos a maturidade que separa as nações que prosperam daquelas que desaparecem da história. Se falharmos, não haverá vencedores. Certamente, restará apenas um país mais pobre, mais fraco e absolutamente dividido.

Que cada um de nós, ao se deitar esta noite, se pergunte: quantas vezes, hoje, eu ouvi sem interromper? Quantas vezes, hoje, busquei compreender em vez de julgar? Talvez a pátria que sonhamos não esteja apenas nas mãos de governantes, mas também no gesto simples de cidadãos que, dia após dia, escolhem a escuta, a empatia e o encontro.

Porque o Brasil que queremos começa na palavra que dizemos, no silêncio que permitimos e no respeito que oferecemos. E, quem sabe, quando olharmos uns para os outros com menos medo e mais humanidade, possamos perceber que, apesar dos polos que nos afastam, o horizonte é o mesmo.

Breno Augusto Pinto de Miranda é advogado e Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

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