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“Ser negro” nos dias atuais

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O dia 20 de novembro, data em que se comemora o Dia da Consciência Negra no Brasil, traz inúmeras reflexões importantes, principalmente para quem é negro. Sou um ser negro, faço parte de uma raça discriminada historicamente e, essa discriminação reflete até os dias atuais. A data aflora a história vivida por  negros, que com tanto sangue e luta, conquistou direitos constitucionais.

A consciência humana avançou  e aliado a isso, nossa legislação também, mas ainda não eliminamos o preconceito. Sabe aquele preconceito escondido? Pois é, ainda sofremos com uma relação desigual entre pessoas, por vários fatores que não consiste apenas na cor da pele, mas em gênero e condições socioeconômicas, fatores que considero como principais para a desigualdade.

“Ser negro” é ainda sofrer com a falta de empatia das pessoas, e de  discriminações no ambiente corporativo e espaços públicos. Sou negro com orgulho, venci na vida, conquistei  meu espaço profissionalmente, mas faço parte de uma estatística pequena.

Segundo o IBGE, as pessoas pretas e pardas ocupam só 29,9% dos cargos gerenciais nas empresas brasileiras. Além disso, apenas 11,9% dos maiores salários gerenciais são pagos a esses trabalhadores. Isso significa que somente ações concretas por parte das organizações podem mudar a realidade das pessoas negras no mercado de trabalho. 

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Hoje sou empresário do ramo educacional e imobiliário, e estou como Presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso. Como um gestor negro, acredito que  as empresas devem atuar para combater qualquer tipo de discriminação.

Fazer campanhas de igualdade racial para conscientizar, não é suficiente! Precisamos de ações que repercutam para além do dia específico. É necessária a inclusão racial no ambiente corporativo. O negro deve ter o mesmo espaço, como qualquer outra pessoa, dentro de uma empresa.

Se é difícil para uma pessoa branca crescer profissionalmente, para um negro é ainda muito mais difícil. As oportunidades dadas aos brancos, há séculos, não são as mesmas do que as oferecidas aos negros.

Eu sou um “ser negro” que passou por muitos preconceitos para chegar a uma situação considerável, economicamente. Estudei e trabalhei muito para ser bem-sucedido, e ser presidente de um órgão de classe, com grande representatividade.

Sou um negro vencedor, que sonha ver muitas pessoas negras em importantes espaços de ocupação. Que possamos, em breve, o igual acesso de oportunidades entre negros e brancos.

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Prof. Benedito Odario, negro,  empresário, gestor superior em negócios ULBRA, pós graduando em Perícias Judiciais, Presidente do CRECI/MT.  

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Distrofia Muscular de Duchenne: doença pode causar escoliose em casos mais graves, orienta ortopedista

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No dia 7 de setembro é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Distrofia Muscular de Duchenne (DMD), data reconhecida oficialmente pela Organização das Nações Unidas desde 2024.

A iniciativa tem como objetivo alertar sobre essa condição genética grave, que atinge principalmente meninos ainda na infância e provoca enfraquecimento muscular progressivo.

A Distrofia Muscular de Duchenne é uma doença genética hereditária ligada ao cromossomo X, caracterizada pela ausência ou deficiência da distrofina, uma proteína essencial para o funcionamento adequado dos músculos. Sem ela, as fibras musculares vão se degenerando ao longo do tempo, resultando em perda progressiva de força muscular.

“A importância de abordarmos essa patologia é para que as pessoas consigam fazer o diagnóstico de forma mais rápida e evitem danos maiores, pois com o passar do tempo, os músculos vão enfraquecendo e existem sinais visíveis no início da doença”, explica o médico especialista em coluna vertebral, Dr. Fábio Mendonça.

Nos casos mais graves da Distrofia Muscular de Duchenne, uma das complicações possíveis é o desenvolvimento de escoliose, uma curvatura anormal da coluna vertebral. Isso acontece devido ao enfraquecimento dos músculos responsáveis pela postura e sustentação do tronco.

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“Em casos mais graves, pode resultar em escoliose devido ao comprometimento muscular”, acrescenta o Dr. Fábio Mendonça.

Os primeiros sinais da distrofia costumam aparecer nos primeiros anos de vida. Entre os principais indícios estão:
Atrasos no desenvolvimento motor, como engatinhar e sentar;
Dificuldade para caminhar;
Andar nas pontas dos pés;
Quedas frequentes;
Aumento do volume das panturrilhas (hipertrofia muscular aparente).

Esses sintomas devem ser acompanhados de perto por pediatras, neurologistas e ortopedistas para garantir um diagnóstico precoce e adequado.

“Entre os principais sinais está que a criança começa a andar com as pontas dos pés, aumento da panturrilha, quando demoram um pouco mais para engatinhar, sentar. Crianças que sofrem quedas frequentes também devem ser observadas”, reforça o médico.

Apesar de a DMD ter origem neurológica, é comum que os pais procurem primeiro um ortopedista, motivados pelas dificuldades na marcha ou pela redução da velocidade ao caminhar.

A distrofia não tenha cura, o diagnóstico precoce pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O acompanhamento multidisciplinar, com fisioterapia, uso de medicamentos como corticosteróides e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas, pode retardar a progressão da doença.

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“Para um diagnóstico mais preciso, é necessário que a criança passe por consultas com médicos neurologistas e ortopedistas”, concluiu o médico.

Dr. Fábio Mendonça
Fábio Mendonça é médico ortopedista – traumatologista, cirurgião de coluna vertebral, presidente do Hospital HBento, em Cuiabá, e membro da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). Ele atua na área da ortopedia há 16 anos e já realizou mais de 5 mil cirurgias.

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